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Nomes alternativos: Auschwitz-Birkenau, Birkenau, Oświęcim
Auschwitz, em polaco Oświęcim, também chamado de Auschwitz-Birkenau, foi o maior campo de concentração e extermínio nazista. Localizado perto da cidade industrial de Oswiecim, no sul da Polónia (em uma parte do país que foi anexada pela Alemanha no início da Segunda Guerra Mundial), Auschwitz era composto na verdade por três sectores: um de prisioneiros, um de extermínio e um outro de escravatura. Como o mais letal dos campos de extermínio nazistas, Auschwitz tornou-se o local emblemático da "solução final", um sinónimo virtual para o Holocausto.
Auschwitz foi provavelmente escolhido para desempenhar um papel central na "solução final", pois fica localizado em um entroncamento ferroviário com 44 linha-ferroviárias paralelas que foram usadas para o transporte de judeus de toda a Europa para a sua morte. Heinrich Himmler, chefe da SS, o corpo paramilitar nazista, ordenou a criação do primeiro acampamento, a prisão, em 27 de abril de 1940, e o primeiro transporte de prisioneiros políticos polacos chegou a 14 de junho. Este pequeno acampamento, Auschwitz I , foi reservado ao longo de sua história para os presos políticos, principalmente polacos e alemães. Em outubro de 1941, o trabalho começou em Auschwitz II, ou Birkenau, localizado fora da aldeia vizinha de Brzezinka. Lá, o SS mais tarde desenvolveu um enorme campo de concentração e extermínio complexo que incluía cerca de 300 barracas de prisão, quatro grandes Badeanstalten (em português: "balneários"), em que os prisioneiros foram expostos a gases químicos até à morte, Leichenkeller ("caves mortuárias"), em que seus corpos foram armazenados, e Einäscherungsöfen ("fornos de cremação"). Outra campo (Buna-Monowitz), perto da aldeia de Dwory, mais tarde chamado Auschwitz III, tornou-se em maio 1942 um acampamento de trabalho forçados sobre escravatura, este fornecia trabalhadores para as indústrias química e de borracha sintética obras de IG Farben nas proximidades. Além disso, Auschwitz tornou-se o nexo de um complexo de 45 sub-campos menores da região, a maioria dos quais alojados trabalhadores escravos. Durante a maior parte do período de 1940-1945, o comandante dos campos centrais de Auschwitz era SS-Hauptsturmführer (Capitão) Rudolf Höss Franz.
Os campos da morte e de trabalho escravo foram interligados. Prisioneiros recém-chegados ao campo de extermínio foram divididos em um processo conhecido como seleção. Os jovens e sãos foram enviados para trabalhar. As crianças, suas mães e os velhos e doentes foram enviados diretamente para as câmaras de gás. Milhares de prisioneiros também foram selecionados pelo médico do campo, Josef Mengele, para experiências médicas. Médicos de Auschwitz testavam métodos de esterilização sobre os prisioneiros, utilizando doses maciças de radiação, as injeções uterinas, e outros procedimentos bárbaros. Experiências que envolveram o assassínio de gémeos, a quem autópsias eram realizadas para fornecer informações que supostamente levassem à rápida expansão da "raça ariana".
Sujeitos a condições severas, incluindo abrigo inadequado e mau saneamento, alimentação mínima, trabalho até à exaustão. Aqueles que não funcionam aguentavam, enfrentavam o transporte de volta para Birkenau para execução nas câmaras de gás. Empresas alemãs investiram pesadamente nas indústrias de trabalho escravo adjacentes a Auschwitz. Em 1942, sozinho, IG Farben investiu mais de 700 milhões de marcos nas suas instalações em Auschwitz III.
Entre 15 de maio e 09 de julho de 1944, cerca de 438.000 judeus húngaros foram enviados em 147 comboios para Birkenau, alongamento de recurso do campo para matar além de todos os limites. Porque os crematórios estavam superlotadas, os corpos foram queimados em fogueiras alimentadas em parte pela própria gordura das vítimas. Pouco antes da deportação dos judeus da Hungria, dois presos fugiram com os planos do acampamento. Eles se reuniram com os líderes da resistência na Eslováquia que compilou um relatório detalhado incluindo mapas. Como este relatório fez o seu caminho para serviços de inteligência ocidentais, no verão de 1944, houve pedidos para bombardear Auschwitz. Embora o complexo industrial adjacente a Auschwitz tenha sido bombardeado, o campo da morte e suas crematórios foram deixados intactos, ainda um tema de controvérsia 70 anos depois.
Enquanto os exércitos soviéticos avançavam em 1944 e início de 1945, Auschwitz foi gradualmente abandonado. Em 18 de janeiro de 1945, cerca de 60.000 prisioneiros foram levados para Wodzisław, onde foram colocados em trens de carga (muitos em carruagens abertas) e enviado para o oeste, para campos de concentração longe da frente. Um em cada quatro morreram a caminho, de fome, frio, cansaço, e desespero. Muitos foram mortos ao longo do caminho no que ficou conhecido como "marchas da morte". Os 7.650 prisioneiros doentes ou morrendo de fome que permaneceram em Auschwitz foram encontrados por tropas soviéticas a 27 de janeiro de 1945.
Entre 1,1 e 1,5 milhões de pessoas morreram em Auschwitz, 90 por cento deles eram judeus. Também entre os mortos estavam cerca de 19.000 Roménios (ciganos) que foram detidos no acampamento até que os nazistas os executaram nas câmaras de gás a 31 de julho de 1944. Os polacos constituíram o segundo maior grupo de vítimas em Auschwitz, onde cerca de 83.000 foram mortos ou morreram naturalmente.
Embora os alemães tivessem destruído os campos antes de abandoná-los em 1945, grande parte Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau) manteve-se intacta e foram mais tarde convertido em museu e memorial. O local está ameaçado pelo aumento da atividade industrial em Oswiecim. Em 1996, o governo polaco se juntou com outras organizações em um esforço em grande escala para garantir a sua preservação. Auschwitz foi designado como Património Mundial pela UNESCO em 1979.