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Criança de 8 anos interrogada pela polícia por incitamento ao terrorismo

kokas

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Set 27, 2006
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Uma criança de oito anos, aluno da segunda classe de uma escola de Nice, na França, foi interrogada pela polícia por alegado incitamento ao terrorismo. Na verdade, a queixa foi apresentada contra o pai do menor, mas é Ahmed, de apenas oito anos, que protagoniza a história contada pelo «Libération».

No último dia 8 de janeiro, um professor de uma escola primária de Nice resolveu discutir com os seus alunos os atentados que, no dia anterior, tinham matado 17 pessoas. A certa altura, perguntou às crianças: «E vocês, são Charlie?». O pequeno Ahmed respondeu que não: «Eles caricaturaram o profeta. Eu estou com os terroristas».
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professor levou o caso ao diretor da escola, que chamou os pais e a criança para uma conversa. Mas não se ficou por aqui: a 21 de janeiro, o diretor da escola apresentou queixa numa esquadra, por «incitamento ao terrorismo», de acordo com o advogado da família.


O Ministério da Educação confirma ao «Libération» que foi apresentada uma queixa contra o pai da criança, que terá feito uma «intrusão» nas dependências da escola. Foi então «apresentada uma queixa para proteção das crianças». A criança acabou por ser também convocada para depor numa esquadra de polícia de Nice, onde permaneceu mais de duas horas, esta quarta-feira à tarde.

No Twitter, o advogado, que esteve presente durante o interrogatório, foi relatando alguns momentos da sessão. De acordo com Sefen Guez Guez, perguntaram ao menino o que significava para ele a palavra terrorismo e Ahmed respondeu: «não sei».
«Colocar uma criança de oito anos sob interrogatório diz muito do estado de histeria que se vive atualmente em torno desta questão da apologia ao terrorismo. Dentro deste género de caso, é preciso pedagogia», defendeu o advogado.


O jurista critica a atitude do diretor da escola e acusa ainda a instituição de pressão psicológica à criança, que terá sido colocada de castigo «a um canto» e «privada de recreio». O menino, que é diabético, terá também sido privado da sua medicação, acusa o advogado, citado pelo «Libération».


tvi24
 
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