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GF Ouro
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Em Donetsk, aproveita-se o sol e o silêncio das armas
As armas calaram-se no leste do país. A situação já averbada pelos promotores do Acordo de Minsk é, no entanto, bastante frágil e a desconfiança das duas partes é uma realidade
Os rebeldes pró-russos repudiam o cessar-fogo para a cidade de Debaltseve e recusaram, ontem, o seu acesso aos observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). No entanto, este incidente não impediu que a OSCE confirmasse que a trégua, entrada em vigor à meia-noite, está a ser respeitada na generalidade do Leste da Ucrânia. Posição idêntica foi assumida por França e Alemanha, os dois promotores do Acordo de Minsk, que sublinharam a urgência de encontrar uma solução para os "incidentes".
Em contacto telefónico com a Reuters, o comandante rebelde Eduard Basurin explicou a razão da sua recusa em aceitar o cessar-fogo em Debaltseve. "Naturalmente que podemos abrir fogo [sobre Debaltseve]. É território nosso. O território é interno: nosso. E interno é interno", disse Basurin, adiantando que "ao longo da linha de confrontação não há tiros".
Ertugrul Apakan, chefe da missão de observadores da OSCE, confirmou a existência de tiroteios esporádicos em Debaltseve e Lugansk, com os dois lados a responsabilizarem-se mutuamente pelas violações do cessar-fogo.
Mas o facto de, em algumas zonas do Leste da Ucrânia, os soldados terem trocado as metralhadoras pela bola e fazerem das ruas estádios de futebol não significa que todos pensem que a calma está para ficar.
"Trégua? Duvido. Talvez durante dois ou três dias, e depois eles voltarão a atacar. Isto não passa de um espetáculo. Os carros da OSCE andam por aí, por isso está tudo calmo", disse Maxim, um rebelde num checkpoint da estrada de Donetsk.
dn