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Sofrimento causado pela fibrose quística levou adolescente chilena a pedir a eutanásia. Em Portugal há 350 doentes e as terapias estão a melhorar a sua vida. O DN foi conhecer um caso.
Beatriz Ferreira faz esta terça feira 22 anos.
Fala com o DN, ao telefone, antes de entrar para o ginásio.
Estuda Psicologia. Sonha com "uma carreira, casar, ter um filho".
Sofre de fribrose quística, (FQ)a mesma doença que levou Valentina Maureira, uma chilena de 14 anos, a pedir à presidente do seu país para lhe autorizar uma eutanásia, num apelo que correu mundo pelas redes sociais.
Beatriz não faz qualquer comparação entre o seu caso e o da rapariga que vive do outro lado do mundo. Até por não conhecer as circunstâncias que motivaram o seu desespero.
Fala apenas da sua experiência com uma doença que lhe foi diagnosticada aos três meses de vida: "Não foi fácil, como é expectável, nem para mim nem para a minha família e amigos. Mas não me arrependo de nada, nem de ter esperado para chegar até onde estou".
O ponto onde está começou em junho de 2011, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa, quando recebeu um transplante de pulmão.
Os médicos deram-lhe "uma qualidade de vida que já não tinha há muitos anos" e também, sobretudo, "uma nova perspetiva de vida, novos objetivos, novas ambições.Neste momento nem penso que pode não haver amanhã"
Especialista diz que em Portugal as crianças doentes conseguem fazer vida "quase normal". Há doentes com 40 anos.
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