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"Acreditava contar ao juiz toda a verdade, dizer-lhe que não sou culpado. Mas o juiz nem sequer me deixou falar"

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Zaur Dadayev (à esquerda), possível assassino e Boris Nemtsov

Checheno Zaur Dadayev revela em entrevista que foi torturado.
O checheno Zaur Dadayev, que alegadamente terá confessado ser o mentor do assassínio do opositor russo Boris Nemtsov, retratou a sua declaração, numa entrevista publicada hoje pelo jornal russo Moskovski Komsomolets.



"Dizem coisas horríveis de nós na rádio. Acreditava que ao chegar a Moscovo poderia contar ao juiz toda a verdade, dizer-lhe que não sou culpado. Mas o juiz nem sequer me deixou falar", disse o ex-agente das forças especiais chechenas, detido na passada sexta-feira na República de Ingushetia.

Boris Nemtsov, de 55 anos, reconhecido crítico de Putin e um defensor da luta anticorrupção, foi morto a 27 de fevereiro passado com quatro tiros nas costas a alguns metros de distância do Kremlin, pouco antes da meia-noite, quando seguia a pé com a namorada, ucraniana, depois de ter dado uma entrevista a uma rádio sobre o protesto da oposição que estava a organizar.
Na entrevista que deu ao jornal russo, o suspeito Zaur Dadayev disse que confessou por ter sido espancado e ameaçado pelos agentes que o prenderam.
"Estive dois dias com algemas nas mãos, grilhões nos pés e um saco plástico na cabeça. A toda a hora, gritavam-me: 'Tu mataste Nemtsov? Eu não dizia que não", afirmou Zaur Dadayev, na entrevista, citada pela agência noticiosa espanhola Efe.
Segundo a sua mais recente versão, aceitou confessar quando lhe prometeram que deixariam em liberdade o seu amigo e antigo companheiro num batalhão do Ministério do Interior da Chechénia, que foi detido com ele.
"Aceitei. Pensei que assim o deixariam a salvo e chegaria vivo a Moscovo", explicou.
Pouco depois de a agência russa Rosbalt ter informado, domingo passado, da confissão, o líder da Chechénia, Ramzan Kadirov, saiu em defesa do suspeito, para assinalar que "é um verdadeiro patriota e que não poderia ter dado qualquer passo contra a Rússia".
"Lutei durante 11 anos contra os criminosos, defendendo os interesses da Rússia. Onde está a Justiça? Onde devo colocar as medalhas com as quais me condecoraram pelo meu serviço?", queixou-se Zaur Dadayev.
A juíza Natalia Mushnikova anunciou, na terça-feira, que Zaur Dadayev confessou o seu envolvimento no assassínio de Nemtsov, pelo que decretou a aplicação da medida de prisão preventiva para o ex-agente e para os seus alegados quatro cúmplices.



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