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GF Ouro
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Conselheira de Segurança Nacional adjunta da Índia e antiga embaixadora em Lisboa, Latha Reddy esteve em Lisboa para uma conferência sobre "Uma Nova Política Externa para a Índia" na Faculdade de Letras.
Esteve colocada em Portugal no início do reatamento das relações diplomáticas, após 1974, e mais tarde. Como vê as relações bilaterais e o futuro destas?
Após um primeiro momento em que cultivámos a relação cultural e histórica, a pergunta é como se passa a outros níveis: o económico, o estratégico, o político. Este é o desafio. Ainda hoje, as transações comerciais não são muito significativas. O valor movimentado nas relações bilaterais é de mil milhões de dólares, creio. Torna-se necessário um salto qualitativo, por exemplo um grande acordo comercial, para passarmos à etapa superior.
É previsível algo nesse campo?
O primeiro-ministro Narendra Modi está muito interessado na diplomacia económica. Daí, poderão surgir alguns resultados. A distância é um obstáculo e, talvez, a Índia seja vista como uma sociedade complexa, distinta da portuguesa. Mas esperamos e queremos que Portugal seja um parceiro importante. Estão a ser criadas condições para facilitar o investimento direto estrangeiro na Índia, o que torna o país mais interessante. E há reais expectativas de que a Índia se torne um dos motores de crescimento da economia internacional no futuro, além da enorme dimensão do seu mercado: mais de mil milhões de pessoas.
Portugal apoia a reivindicação da Índia a um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU. Este é o momento para a reforma das instituições internacionais?
dn