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Portugueses observam diretamente pela primeira vez um exoplaneta

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A visão artística do exoplaneta

Jorge Martins, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, é o autor principal da investigação que conduziu à primeira observação direta de um planeta fora do sistema solar.
A 50 anos-luz da Terra, o planeta 51 Pegasi b tem um lugar único na história da astronomia. Ele foi o primeiro exoplaneta a ser detetado na órbita de uma estrela distante, há 20 anos. Agora, esse mundo longínquo, que há duas décadas abriu uma nova era na investigação em astrofísica, volta a ser notícia, porque foi também o primeiro que os astrofísicos conseguiram observar diretamente, graças à luz que ele reflete, da que recebe da sua estrela. A outra boa novidade é esta: a descoberta tem a assinatura portuguesa. O grupo internacional que fez o estudo foi liderado por investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).



"Esta foi a primeira vez que se conseguiu detetar o espetro da luz que é refletida por um exoplaneta", explica ao DN Jorge Martins, investigador do IA e o principal autor da investigação. Esta primeira observação direta, que "permitiu calcular a massa e a inclinação do 51 Pegasi b", mostra também que a nova técnica de observação desenvolvida pelos cientistas do IA vai permitir fazer no futuro um estudo mais detalhado das atmosferas dos exoplanetas.

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Jorge Martins está agora no ESO, no ChileFotografia © DR
Os resultados, que são publicados hoje na revista Astronomy & Astrophysics, dão também um novo rigor a este cálculo e mostram que o 51 Pegasi b tem 0,46 da massa de Júpiter - e não 0,47, segundo a anterior medição.
"É o nosso contributo para comemorar os 20 anos da descoberta deste que foi o primeiro exoplaneta encontrado", diz satisfeito Nuno Santos do IA, que trabalha nesta área desde 1998 - tem no currículo, aliás, a identificação de uma série deles -, e que é coautor da observação feita.
Duas décadas depois de se ter encontrado pela primeira vez um mundo longínquo na órbita de outra estrela, que não o nosso Sol, conhecem-se hoje quase 1900 destes planetas extra-solares, alguns deles agregados em sistemas solares de seis e sete planetas. Por isso, o foco nesta área já não está neste momento unicamente em descobrir novos planetas. "O foco está a mudar mais para o estudo das suas propriedades, para os caracterizar, e a nossa técnica é mais um passo em frente nesse sentido", afirma Nuno Santos, reconhecendo que esta primeira observação direta do espetro da luz visível do 51 Pegasi b "abre a possibilidade desse estudo mais sistemático dos exoplanetas".



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