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Hipnoterapia

Edgar da Fonseca

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Na hipnoterapia é utilizada a hipnose clinica como “ferramenta” de acesso a estados alterados de consciência a fim de se aplicarem técnicas terapêuticas.

Existem vários estados de aprofundamento do consciente (Beta, Alpha e Theta), para esta forma de terapia. Exclui-se evidentemente o estado Delta.

De acordo com o enquadramento das questões do paciente, ela pode ser Indutiva, Regressiva e Dissociativa. De notar que nesta última (Dissociativa), só raros terapeutas podem ou sabem executar.

O ser humano é composto por três corpos. Físico, Mental e Espiritual. Tem também três mentes. Mente consciente (cérebro, neurónios), subconsciente e supra consciente. Ou seja, é constituído por uma parte física e duas não físicas e em qualquer delas pode ter problemas.

Adenda:

A medicina convencional já admite a existência de uma memória extra-cerebral (subconsciente e supra consciente).

A OMS recomenda que o ser humano deve ser tratado tanto a nível físico, como mental e espiritual. A referência á parte espiritual está inserida no CID IV na área das perturbações mentais.

Não confundir uma doença mental com uma doença cerebral.

Colocadas estas breves linhas gerais, vamos a ver como este tópico se desenvolve.
Edgar da Fonseca (Prof.)
 

Edgar da Fonseca

GF Bronze
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Quando abri este tópico (e foi o único), foi para esclarecer quem eventualmente possa estar interessado e ou curioso sobre ele.

Ele tem tido vários acessos, mas nem uma questão colocada, isso me deixa um pouco desmotivado na minha vontade de desenvolver o tema.

Para que saibam, não faço copys/pastes de outros autores, o que explico é devido a experiência pessoal nesta área inovadora e deveras interessante.

Quem será o corajoso a colocar a primeira perguntinha? !!!

Edgar da Fonseca (Prof.)
 

pit_john

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Olá:

Não coloco questões, pois é um assunto conhecido por mim, pratiquei o mesmo durante muitos anos, abandonei devido à incompatibilidade entre o sistema mental e espiritual.
Continuo convencido que a sugestão da mente não é cura, mas sim uma possibilidade de entrar em campos e dominios não compativeis com espiritualidade.

Cumprimentos
John
 

Edgar da Fonseca

GF Bronze
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Agradeço o seu comentário e deixe-me dizer que eu não conseguiria dizer tanto em tão poucas palavras, como o John o fez.

Da forma como expressa o seu desapontamento sobre esta área, parece ser um psicoterapeuta a escrever e tem toda a razão.

A psicoterapia é o ramo da medicina mental convencional, mais avançado. Digamos que é o patamar entre o psicólogo e o psiquiatra. Sendo que o primeiro já sabe se enviar o paciente directamente para psiquiatria, ele nunca mais de lá sai, salvo raras excepções.

Dentro da hipnoterapia, a área mais aproximada da psicoterapia é a da hipnoterapia indutiva. Ela trabalha com técnicas que incluem a criação de “ciclos analépticos”, algo que os estudantes da área ouviram dizer ou leram, mas não sabem como desenvolver. Quando bem aplicada (hipnoterapia indutiva), funciona correctamente nas questões que nela se enquadrem. A área da sofrologia é um dos bons exemplos.

Depois existe a hipnoterapia regressiva que utiliza o aprofundamento Theta (para trabalhar ao nível do supraconsciente “memória da alma”), com o objectivo de atingir o trauma original que tanto pode estar na vida presente, na gestação ou em encarnações passadas. O objectivo dela é fazer com que o paciente vá ao encontro desse trauma (sem medos e sentir-se acompanhado e seguro pelo terapeuta), o vivencie e cognitivamente se desligue dele, colocando-o no seu devido lugar (passado sem interferir no presente), afim de não interferir no seu consciente. Dirigida para fobias, medos, etc.

Existe também a hipnoterapia dissociativa. A que já interage com a parte espiritual. Basta trabalhar em estado Alpha. Se quiser posso dar mais desenvolvimento a esta parte (terapia dissociativa).

Nunca se deve usar a psicoterapia, se o paciente apresentar um quadro dissociativo, é contra procedente.

Se acha que fui útil nesta pequena abordagem, terei imenso prazer a um próximo comentário seu, pois me parece ser uma pessoa conhecedora deste tema.

Com os meus cumprimentos
Edgar da Fonseca (Prof.)
 

Luz Divina

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Na hipnoterapia é utilizada a hipnose clinica como “ferramenta” de acesso a estados alterados de consciência a fim de se aplicarem técnicas terapêuticas.

Existem vários estados de aprofundamento do consciente (Beta, Alpha e Theta), para esta forma de terapia. Exclui-se evidentemente o estado Delta.

De acordo com o enquadramento das questões do paciente, ela pode ser Indutiva, Regressiva e Dissociativa. De notar que nesta última (Dissociativa), só raros terapeutas podem ou sabem executar.

O ser humano é composto por três corpos. Físico, Mental e Espiritual. Tem também três mentes. Mente consciente (cérebro, neurónios), subconsciente e supra consciente. Ou seja, é constituído por uma parte física e duas não físicas e em qualquer delas pode ter problemas.

Adenda:

A medicina convencional já admite a existência de uma memória extra-cerebral (subconsciente e supra consciente).

A OMS recomenda que o ser humano deve ser tratado tanto a nível físico, como mental e espiritual. A referência á parte espiritual está inserida no CID IV na área das perturbações mentais.

Não confundir uma doença mental com uma doença cerebral.

Colocadas estas breves linhas gerais, vamos a ver como este tópico se desenvolve.
Edgar da Fonseca (Prof.)



Edgar

sou eu quem vai fazer perguntas, pois a experiência com a hipnose também já passou por mim ou mais por um familiar muito próximo, com o qual eu ía ao consultório para a levar mas ficava fora e entrei algumas vezes para ver como ía a situação. E numa das vezes foi-me dito pelo médico que era parapsicologo ou algo assim e hipnoterapeuta precisamente na clinica do Professor Alberto Lopes no Porto. E essa pessoa tem uma depressao, agora muito ligeira mas na altura com fobia a uma coisa que ficava traumatizada e chorava convulsivamente em hipnose e com lágrimas a cair pelo rosto em fio mas foi isso que o fez parar a hipnose e me disse que nem podia aumentar a hipnose além daquele bloqueio pois é aí que está o mal mas nem pode abrir mais enquanto as lágrimas cairem, só pode chorar sem ter sintomas fisicos externos. Tudo o que seja externo ao corpo mais prudente é parar e continuar outro dia, só que essa pessoa nem saía daí nunca e por isso acabei por sair eu de lá com ela e fui ver o que tinha e está quase curada da depressão, só toma remédios dados pelo médico mas quem os controla dia a dia sou eu com os meus guias e é isso que funciona e eles é que trabalham na cabeça dela sempre que é aconselhavel.

Que me dizes tu desta situação Edgar? Assistes a estes sintomas fisicos externos e continuas? Ou páras também?

Obrigado

Beijo
 
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Edgar da Fonseca

GF Bronze
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Os Bloqueios em regressão são frequentes. Agora há é terapeutas inexperientes e outros não.

Numa regressão existe um foco que é o trauma original a resolver nessa sessão. É evidente que o paciente ao encontrar esse foco “trauma”, ele esteja carregado de muita emoção.

Segundo o professor do Alberto Lopes que foi o meu amigo Ruston já falecido, ele usava a técnica que o paciente tinha de estar dentro do trauma e sentir tudo referente a ele para o descarregar.

Quanto a mim isso é errado, não gosto de ver as pessoas a contorcerem-se com dores, crises de choro e aos pinotes no divã.

Coloco a pessoa como espectador e não como actor nesses momentos, ela “vê” tudo o que se está a desenrolar (a nível mental), de forma distanciada e sem grandes incómodos, embora com uma certa ansiedade pelo que está a vivenciar, pois sente que é dela.

Depois existe o reforço (dentro da terapia) para que cognitivamente a pessoa faça a devida separação desse passado em relação á vida presente.

Podem agora argumentar de que a minha técnica é dirigida á parte cognitiva, enquanto que a outra é uma descarga sensorial. Tudo bem.

Analisemos de outro ângulo estas diferenças:

Um trauma que possa desenvolver uma fobia, está alojado inicialmente onde? Na parte mental. E só depois é que passa á parte sensorial. Ora a forma correcta é que a descarga se faça no ponto de origem e não no secundário que é a parte sensorial. Logo tem de se trabalhar cognitivamente que por sua vez desliga a parte sensorial, cortando assim a ligação da perturbação do passado com a vida presente.

“Tudo o que seja externo ao corpo físico …”. Tudo o que é mental é externo ao corpo físico. Pode ou não vir a criar uma somatização no corpo físico (doenças psicossomáticas).

Edgar da Fonseca (Prof.)
 

Edgar da Fonseca

GF Bronze
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Numa terapia regressiva, o paciente é responsável pela sua cura. Tem de trabalhar por ele mesmo, com a ajuda do terapeuta. Tem de ter presente o querer ultrapassar as suas questões, sendo que uma parte, é trabalho cognitivo. É como um trabalho de equipa, ele e o terapeuta.

O paciente traz para a terapia um emaranhado de sentimentos que são lhe estranhos e não compreende. É como peças de um puzzle, todas desarrumadas. Através do que ele comunica (o que está visualizando em terapia), o terapeuta tenta aos poucos guiar o paciente na resolução desse puzzle.

De notar que o paciente só descreve para o terapeuta, uma pequena parte do que está visualizando, isto é como dizer que uma imagem vale mais do que mil palavras e o terapeuta não se pode perder no entendimento do que o paciente está a descrever, com o risco de tornar a terapia bastante monótona (pergunta … resposta … pergunta … resposta), e, até quebra de ritmo, mas adiante …

Ao alcançar o trauma original (o objectivo da sessão) de uma vida passada do paciente, deve-se retroceder para um momento em que a situação (do trauma) iniciou o seu desenvolvimento, fazendo então o paciente percorrer esse trajecto até ao trauma, passando por esse trauma, conduzindo-o até á morte física dessa sua vida passada … aqui nesta última etapa, ajudo o paciente a “atravessar” suavemente a “cortina” da morte sem ansiedade, de forma natural. Se ela foi violenta, na posição de espectador como referi num post anterior. Até penso que assim as pessoas poderão perder os medos da morte e aceitando-a de forma natural.

Se por exemplo essa “fobia” ou sentimento é recorrente com algo da vida presente do paciente, deve o terapeuta chamar atenção e até ás vezes voltar atrás
(o que não será conveniente para terapeutas pouco preparados, pois pode-se dar um vazio em algo que aconteceu, mesmo que numa vida passada e isso pode não ser benéfico, embora por norma não interfira na vida presente do paciente)

Salientar que ele teve uma possibilidade de evitar esse acontecimento se tivesse feito outra escolha, aqui trabalha-se com a parte cognitiva também (reforço), é como que uma redecisão. E com isso demonstrar ao paciente que ele podia ter escolhido uma outra via. Isto faz-se quando o paciente que está em muitas vidas no mesmo tipo de questões, é como que um ciclo que se repete e com isso se ajuda a quebrar esse ciclo.

Bem, como hoje é Domingo, vou contar uma curiosidade

Um terapeuta que seja investigativo, pode aprender muito com os relatos dos seus pacientes, nomeadamente História e costumes de outras épocas.

Como tenho um vasto arquivo em áudio das sessões que faço que para o caso são regressões (podiam ser dissociativas), ás vezes me vou relembrando de algumas curiosas.

Paciente masculino, cerca de 40 anos, boa situação profissional e económica.
Queixas: um sentimento de perca de algo que não entende.
Regressão no foco - de um grande sentimento de perca.

OB = observações
P = paciente
T = terapeuta

-.-.-.-.-.
OB – viu-se no corpo de uma mulher na época pré-histórica. Após fixar as visualizações no ambiente.
T – onde está?
P – em cima de uma árvore.
T – o que está fazendo aí?
P – estou a colher frutos.
T – para quem?
P – para mim e para o meu marido e se sobrar dou alguns para outros da tribo.
T – o seu marido está consigo?
P – não, está a caçar com os outros homens.
T – a caçar o quê?
P – mamutes.
T – muito interessante - mas isso são animais muito grandes.
P – sim, são enormes.
T – descreva-me como é que eles caçam esses animais?
P – os homens fazem grandes valas – colocam paus bicudos no fundo e tapam com folhas – depois fazem muito barulho para eles correrem e alguns caem nas valas e serve então de alimento para a tribo.

OB – aqui aprendi como se caçavam mamutes.

T – vá, avance um pouco mais no que está a visualizar …

OB – aqui o paciente entrou num visível estado de tristeza e com certa comoção.

T – vá, diga-me o que está acontecendo …
P – os mamutes correm e alguns se separam … correm para os homens … e os esmagam …

OB – silêncio – comoção – tristeza … insisto para continuar …

P – o meu marido foi esmagado …

OB – muita tristeza, um pouco de choro, o enterro dos pedaços do seu companheiro (não tinham filhos).

Dessensibilização do sentimento de perca, integrar tudo no passado.

FIM

Gostei de partilhar com vocês esta história que tenho gravada.

Edgar da Fonseca (Prof.)
 

Edgar da Fonseca

GF Bronze
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Não posso estar a postar sempre sessões regressivas, apesar de muitos gostarem. Tem também de haver um certo feedback da vossa parte.

Ou será que de repente todo o mundo ficou de férias? Desde comentadores, pessoas com dúvidas, até perturbações e ou falta de ideias? rsrsrsrs

Então ... boas férias

Edgarda Fonseca (Prof.)
 

marialui

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Numa terapia regressiva, o paciente é responsável pela sua cura. Tem de trabalhar por ele mesmo, com a ajuda do terapeuta. Tem de ter presente o querer ultrapassar as suas questões, sendo que uma parte, é trabalho cognitivo. É como um trabalho de equipa, ele e o terapeuta.

O paciente traz para a terapia um emaranhado de sentimentos que são lhe estranhos e não compreende. É como peças de um puzzle, todas desarrumadas. Através do que ele comunica (o que está visualizando em terapia), o terapeuta tenta aos poucos guiar o paciente na resolução desse puzzle.

De notar que o paciente só descreve para o terapeuta, uma pequena parte do que está visualizando, isto é como dizer que uma imagem vale mais do que mil palavras e o terapeuta não se pode perder no entendimento do que o paciente está a descrever, com o risco de tornar a terapia bastante monótona (pergunta … resposta … pergunta … resposta), e, até quebra de ritmo, mas adiante …

Ao alcançar o trauma original (o objectivo da sessão) de uma vida passada do paciente, deve-se retroceder para um momento em que a situação (do trauma) iniciou o seu desenvolvimento, fazendo então o paciente percorrer esse trajecto até ao trauma, passando por esse trauma, conduzindo-o até á morte física dessa sua vida passada … aqui nesta última etapa, ajudo o paciente a “atravessar” suavemente a “cortina” da morte sem ansiedade, de forma natural. Se ela foi violenta, na posição de espectador como referi num post anterior. Até penso que assim as pessoas poderão perder os medos da morte e aceitando-a de forma natural.

Se por exemplo essa “fobia” ou sentimento é recorrente com algo da vida presente do paciente, deve o terapeuta chamar atenção e até ás vezes voltar atrás
(o que não será conveniente para terapeutas pouco preparados, pois pode-se dar um vazio em algo que aconteceu, mesmo que numa vida passada e isso pode não ser benéfico, embora por norma não interfira na vida presente do paciente)

Salientar que ele teve uma possibilidade de evitar esse acontecimento se tivesse feito outra escolha, aqui trabalha-se com a parte cognitiva também (reforço), é como que uma redecisão. E com isso demonstrar ao paciente que ele podia ter escolhido uma outra via. Isto faz-se quando o paciente que está em muitas vidas no mesmo tipo de questões, é como que um ciclo que se repete e com isso se ajuda a quebrar esse ciclo.

Bem, como hoje é Domingo, vou contar uma curiosidade

Um terapeuta que seja investigativo, pode aprender muito com os relatos dos seus pacientes, nomeadamente História e costumes de outras épocas.

Como tenho um vasto arquivo em áudio das sessões que faço que para o caso são regressões (podiam ser dissociativas), ás vezes me vou relembrando de algumas curiosas.

Paciente masculino, cerca de 40 anos, boa situação profissional e económica.
Queixas: um sentimento de perca de algo que não entende.
Regressão no foco - de um grande sentimento de perca.

OB = observações
P = paciente
T = terapeuta

-.-.-.-.-.
OB – viu-se no corpo de uma mulher na época pré-histórica. Após fixar as visualizações no ambiente.
T – onde está?
P – em cima de uma árvore.
T – o que está fazendo aí?
P – estou a colher frutos.
T – para quem?
P – para mim e para o meu marido e se sobrar dou alguns para outros da tribo.
T – o seu marido está consigo?
P – não, está a caçar com os outros homens.
T – a caçar o quê?
P – mamutes.
T – muito interessante - mas isso são animais muito grandes.
P – sim, são enormes.
T – descreva-me como é que eles caçam esses animais?
P – os homens fazem grandes valas – colocam paus bicudos no fundo e tapam com folhas – depois fazem muito barulho para eles correrem e alguns caem nas valas e serve então de alimento para a tribo.

OB – aqui aprendi como se caçavam mamutes.

T – vá, avance um pouco mais no que está a visualizar …

OB – aqui o paciente entrou num visível estado de tristeza e com certa comoção.

T – vá, diga-me o que está acontecendo …
P – os mamutes correm e alguns se separam … correm para os homens … e os esmagam …

OB – silêncio – comoção – tristeza … insisto para continuar …

P – o meu marido foi esmagado …

OB – muita tristeza, um pouco de choro, o enterro dos pedaços do seu companheiro (não tinham filhos).

Dessensibilização do sentimento de perca, integrar tudo no passado.

FIM

Gostei de partilhar com vocês esta história que tenho gravada.

Edgar da Fonseca (Prof.)

Tenho interesse por a hipnose, mas não pesco nada sobre este assunto. É uma ciência que pode tratar os doentes e não só. A hipnose pode ser usada em espectáculos televisivos e em ceitas religiosas e estas duas ultimas podem descredibilizar toda esta ciência.

Há também um certo romantismo de uma pessoa se imaginar num consultório sendo hipnotizada e vendo-se nas suas vidas passadas com amores e paixões e na volta acaba por muitas vezes ver-se nas suas horas de morte em cada reencarnação, podem ser mortes de terror e com vidas de miséria.
É sempre bom pensar duas vezes antes de entrar nestas aventuras.

Coloquei aqui o seu texto que está muito interessante, só que está um bocadinho "romântico"... e o que eu escrevi à pouco, explica o porquê deste meu comentário.
 
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Edgar da Fonseca

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Olá Marialui

Vamos lá a responder ás dúvidas e comentários que colocou.

1º - Tem interesse pela hipnose … porquê?

2º - A hipnose não trata ninguém, as técnicas aplicadas dentro do estado hipnagógico sim.

3º - Uma coisa é a Hipnose clinica outra é a Hipnose usada para espectáculos e ou seitas.
A hipnose clínica não é igual á hipnose espectáculo, é totalmente diferente … infelizmente, muitas pessoas têm uma ideia errada sobre isto.

Enquanto a hipnose clínica visa o relaxamento e o bem-estar da pessoa, a do espectáculo visa acção, movimento e outras vezes, à alteração dos sentidos.

A hipnose é sempre permissiva da nossa parte, por isso é que é uma auto-hipnose.

Ou seja, deixamos isso acontecer, de uma forma natural.
Poderia aqui transcrever a definição de hipnose, inserida em múltiplas publicações, vcs depois podem pesquisar isso, prefiro descrevê-la de uma forma simples e pessoal.

Na utilização de seitas, muitas vezes é usada a componente química afim de facilitar a obtenção do estado alucinogénio.
(explicação sobre a hipnose, inserida no meu site)

4º Mas porque se faz uma regressão?

Terapia regressiva

É a que necessita de ir ao encontro dos acontecimentos traumáticos do passado, afim de diluir (esvaziar) as suas cargas emocionais e outras que estão influenciando negativamente o presente do paciente. Esses acontecimentos estão alojados a um nível mais profundo, no supraconsciente do paciente. Apesar de serem cargas psíquicas, podem estar já a desenvolverem sintomas somáticos.
(explicação sobre terapias, inserida no meu site)

Uma regressão é mais bem conseguida se a pessoa tiver um foco que o sinta. Esse foco, tanto pode ser sensorial como emocional.

Nos casos de curiosidade, esse tipo de foco não existe, logo é um pouco mais difícil (mas não impossível). Nestes casos, mexe mais com a Hipno sensibilidade da pessoa. Agora para se fazer este tipo de “exploração”, o terapeuta tem de ter certos cuidados. Não é ir á parva tipo Indiana Jones como um que tem inúmeros livros publicados, (mas o pessoal gosta …) enfim. Não há qualquer interesse em encontrar algo que possa não estar “arrumado”.

5º Bem, escolhi esta regressão por mim efectuada porque a acho curiosa e soft. Muitas outras não poderiam ser aqui colocadas, visto ou serem demasiado complexas, com muita carga emocional e outras bem pesadas. Estamos a falar de terapias regressivas, e não de terapias dissociativas que ás vezes descambam em autênticos filmes de terror com os seus grandes perigos á minha frente, só que tenho que me aguentar e resolver. Mas para não ser apanhado desprevenido, faço sempre uma consulta prévia (triagem) e em casos dissociativos uma segunda consulta de testes. (Aqui nestes testes, em principio já sei o que irei enfrentar).

6º Numa regressão, tem de se ir sempre ao momento da morte dessa vida, afim de se fechar essa “vida”. É obvio que a morte pode ser traumática ou não, mas se o for, não há necessidade de ter o paciente a espernear e aos saltos no sofá, é pura estupidez isso. Basta colocar o paciente em posição de espectador (um … dois … três … vá suba … saia desse corpo … e veja por cima o que está a acontecer … veja do alto …) Aqui o paciente “vê” o que aconteceu aquele corpo de forma não sofredora, serve só para catarse cognitiva e passa a fazer parte da sua bagagem aprendida. Temos aqui que ser habilidosos e dar o máximo de informação ao paciente para que ele processe sem qualquer conflito ou medo. Acaba por ser interessante, pois tudo isto o ajuda na sua vida presente, inclusivamente na sua parte final.

Edgar da Fonseca (Prof.)
 

marialui

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Vi alguns casos de regressão feito por um prof. do Porto ( não quero dizer o nome, deve saber quem é ?) é um grande técnico e gostei. Só não gostei quando num programa de tv ele fez regressão em directo aos pacientes, e uns lembravam que tinham ardido no fogo e morreram assim. Claro que o prof, dizia que eles estavam protegidos, mas eles gritaram um bocado... Mas se fosse eu ficava revoltada se me lembrasse que tinha morrido assassinada ou por acidente.

Por isso é que não faço regressão. Mas tiro o chapéu a quem tem a coragem para o fazer.:gear085.gif:

Em relação ás seitas, é muito perigoso essas pessoas lidarem com algo que é sagrado e que é a mente de cada um.

Já fui pesquisar agora mesmo o nome do seu colega ( não me lembrava do nome) é o dr. Alberto Lopes. É muito bom no que faz. Aliás aqui há uns anos houve uma hipnotização em directo na tv, e as pessoas cá de casa ficaram com as mãos coladas, graças a mim que dei uma ajuda. Depois passou passado alguns minutos, e foi extraordinário.
 
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Edgar da Fonseca

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Sim, sei quem é e também lhe digo que foi ensinado pelo meu amigo Ruston que já faleceu.

Acha que foi necessário “paciente” estar nessa aflição para ele compreender o que se estava a passar? Se acha que não, eu também não.

São as tais diferenças de condução numa sessão regressiva. De salientar que os assistentes “pacientes” já estão condicionados por “palavra chave”, afim de entrarem rapidamente em transe.

Depois é dirigi-los para uma vida passada deles que já foi várias vezes revista (e na qual deram bom feedback) e por isso é tão fácil entrarem na trama final (o tal ponto de grande emoção). A partir daqui, é só espectáculo.

Eu não faço espectáculos de hipnose.

Vá lá, sei que tem medo, mas ao mesmo tempo quer … é questão de experimentar, prometo que não vai ficar aflita e mesmo que entre numa situação menos boa, vai ficar como espectadora (ver do alto), sem entrar em “aflições”. Só que ainda não sei qual a questão que a apoquenta, afim de criar um foco por ela.

Edgar da Fonseca (Prof.)
 

António27

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Boa tarde Sr Edgar

Li o que escreveu no forum sobre hipnose e hipnoterapia e achei muito interessante. Deu para perceber que o senhor é muito entendido nesta área.
Interesso-me muito por hipnose e gostava de aprender mais. O meu interesse por hipnose levou-me a pesquisar sobre profissionais em Portugal e acabei por assistir a uma palestra do Dr. Alberto Lopes no Porto. Perante o que escreveu aqui no forum pude constatar que também aprendeu hipnose com o Prof. Ruston Roseiro tal como o Dr. Alberto Lopes mas certas abordagens pareceram-me diferentes.
Como já se passou algum tempo após o que escreveu aqui no fórum, gostaria caso veja o que escrevi, que respondesse e me desse alguma forma de o contactar pois já tentei procurar na internet através do seu nome e não encontrei nenhuma informação.

Obrigado,
Com os meus melhores cumprimentos,
António
 
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