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Alexis Tsipras deu uma entrevista na segunda-feira à noite à cadeia de televisão Star
Primeiro-ministro grego quer entendimento até 9 de maio e garante que remodelação feita na segunda-feira não visa contornar o ministro das Finanças Yanis Varoufakis.
Alexis Tsipras parece ter encontrado uma solução para o caso de ser obrigado a faltar à palavra no acordo que vier a conseguir com os credores internacionais: levá-lo a referendo para ver se os gregos lhe dão ou não luz verde.
Numa entrevista transmitida segunda-feira à noite pela Star, o primeiro-ministro grego explicou que o seu partido, o Syriza, venceu as eleições legislativas de 25 de janeiro com a promessa de negociar com a UE e o FMI um acordo que "não repetisse o ciclo vicioso da austeridade, miséria, pilhagem".
Mas se o eventual acordo que se vier a conseguir com os credores "ultrapassar o mandato" que diz ter recebido dos eleitores, Alexis Tsipras entende que "o povo grego terá de decidir".Questionado sobre se se referia a um referendo, respondeu que "obviamente não seria através de novas eleições".
O tempo urge para a Grécia, que tem congelados desde o ano passado 7,2 mil milhões de euros que restam dos seus resgates. O país enfrenta problemas de liquidez, precisa de cerca de mil milhões de euros para pagar salários e prestações sociais neste mês e de cerca de 700 milhões para pagar um reembolso ao FMI até 12 de maio. Tsipras diz querer um acordo com os credores até dia 9.
A referência a uma eventual consulta popular por parte do chefe do governo da Grécia surge numa altura em que, segundo um inquérito Alco para o ProtoThema, 50% dos gregos querem que o executivo dominado pelo Syriza se comprometa com os credores, mesmo que estes não aceitem as propostas de reformas feitas pelas autoridades gregas. 36% defendem a continuação da linha dura que tem sido seguida até agora, nomeadamente pelo ministro das finanças, Yanis Varoufakis.
dn