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GF Ouro
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"Não tenhas medo de disparar". "Se matares alguém em Gaza, não é grave". "Qualquer pessoa que encontres é um terrorista". ONG recolheu testemunhos de mais de 60 soldados que lutaram em Gaza.
Os soldados israelitas que participaram na ofensiva em Gaza durante o verão passado terão cometido "graves violações" das leis internacionais da guerra, de acordo com os testemunhos de soldados que lutaram nesse conflito.
Os testemunhos, revelados esta segunda-feira pela Organização Não-Governamental (ONG) Breaking the Silence, mostram que a atuação dos soldados no terreno era desregrada e levou à morte quase indiscriminada de civis e à destruição de estruturas e casas que não tinham funções militares. Os soldados contaram à ONG, que é dirigida por antigos membros das forças de defesa israelitas, que lhes era dito que as zonas onde se encontravam tinham sido evacuadas, pelo que todos os que encontrassem deviam ser vistos como terroristas.
"As instruções são de disparar logo. Quem quer que vejas - armados ou desarmados, independentemente de tudo. As instruções são muito claras. Qualquer pessoa que encontres, que vejas com os teus olhos, dispara para matar", contou à ONG um dos sargentos citados no relatório, que inclui mais de cem testemunhos de mais de 60 soldados.
O diretor da ONG Breaking the Silence, Yuli Novak, disse num comunicado que os testemunhos recolhidos levantam dúvidas sobre a ética das forças de defesa israelitas, e demonstram queas falhas éticas reveladas "vêm do topo da cadeia de comando".
Os soldados tinham ordens de matar qualquer pessoa que encontrassem em território palestiniano, e de arrasar casas e outras infraestruturas civis. Os membros das forças de defesa que falaram à Breaking the Silence contaram que acreditavam que já não existiam civis nas zonas onde levavam a cabo as operações, pois tinham sido largados panfletos para avisar que a zona deveria ser evacuada. No entanto, muitos palestinianos tinham permanecido após a ordem de evacuar dada por Israel.
dn