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Caso Sócrates "vai ter mais consequências" no sistema político

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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O diretor do semanário Expresso, Ricardo Costa, considerou hoje que ainda não são conhecidas todas as consequências, nem a influência que a prisão do antigo primeiro-ministro José Sócrates tem no sistema político português.
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"Eu acho que nós ainda estamos a meio de perceber as consequências políticas que todo o caso José Sócrates tem para o sistema político português", afirmou Ricardo Costa na apresentação do livro "Cercado -- os dias fatais de José Sócrates", da autoria do jornalista Fernando Esteves, que decorreu em Lisboa.


"Não estou a falar em termos de eleições, embora eu ache que isso tem consequências em termos de resultados eleitorais", continuou o diretor do jornal semanário, acrescentando que o caso José Sócrates terá influência na "desconfiança que as pessoas têm na política e no sistema político, que já era muita".
Também Fernando Esteves, autor do livro e editor de política da revista 'Sábado', vaticinou que ainda há incógnitas no futuro do ex-primeiro-ministro.
"José Sócrates mais dia, menos dia, mais ano menos ano, voltará a sair da cadeia, e quem pensa que a luta dele acabou está claramente enganado, ele vai continuar a lutar, o animal feroz não vai parar por aqui", afirmou.
Na apresentação do livro, Fernando Esteves considerou que José Sócrates "tem todas as qualidades que um político deve ter", sendo uma personagem que sempre o fascinou.
Para Fernando Esteves, o ex-chefe de Governo projetava uma imagem de "divindade", e considera que, na cadeia, "está a regressar à condição de humano".
O autor ressalvou ainda que este livro "não tem uma agenda nem é apologético", e que pretende mostrar os bastidores de alguns dos casos mais polémicos nos quais José Sócrates esteve envolvido, como os projetos de casas na Guarda, a central de Cova da Beira, o curso na Universidade Independente, o caso "Freeport", o caso "Face Oculta" e o resgate financeiro ao país, culminando na prisão a 21 de novembro de 2014.
Segundo o jornalista da Sábado, a obra com cerca de 300 páginas começou a ser escrita na manhã seguinte à prisão do ex-primeiro-ministro, a 21 de novembro do ano passado, e demorou quatro meses a estar pronta.
"Cercado" conta com mais de 50 entrevistas a pessoas que trabalharam diretamente com José Sócrates, assim como a figuras da comunicação social e da política, tendo o autor recorrido ainda aos arquivos de alguns órgãos de comunicação social, assim como a quatro outras obras já publicadas acerca de José Sócrates.
"Cercado - os dias fatais de José Sócrates" apresenta uma série de imagens no seu decurso, todas a preto e branco e termina com uma declaração do "companheiro de conversas no pátio da cadeia" do antigo primeiro-ministro, publicada no blogue que assina: "Dos dois lados das grades".
João de Sousa escreveu que Sócrates "está morto com vida", ao que Fernando Esteves responde com uma pergunta retórica: "Estará? Com Sócrates nunca se sabe".
Fernando Esteves é editor da secção de política da revista semanal 'Sábado'. Deu aulas de jornalismo durante dez anos, em várias universidades do país, e foi ainda formador no Centro de Formação Protocolar de Jornalistas (Cenjor). No currículo conta já com outra obra publicada, "Jorge Coelho, o todo-poderoso" a biografia não oficial do antigo dirigente do Partido Socialista.


NM
 
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