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Líder do Burundi adia presidenciais e garante que não haverá retaliações

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Manifestação em Bujumbura contra o presidente Pierre Nkurunziza

Crise tem origem na ambição do presidente Pierre Nkurunziza em permanecer no poder. Confrontos já causaram 20 mortos.
O presidente Pierre Nkurunziza aceitou adiar as eleições previstas para junho em que procurava um terceiro mandato, e também as legislativas e municipais no final do corrente mês, e garantiu, em comunicado, "não ter" qualquer "plano de vingança" contra "as pessoas implicadas na vergonhosa tentativa" de golpe de Estado da passada semana. Os implicados "serão presos e levados a julgamento, de acordo com a justiça", e será em sede judicial, "e apenas aqui, que serão determinadas as penas".



A crise no Burundi desencadeou um movimento de fuga para os vizinhos Tanzânia e Ruanda. No primeiro estariam, pelo menos, 80 mil refugiados, no segundo, mais de 20 mil. Em ambos os casos, as condições de salubridade são terríveis, tendo já ocorrido casos de cólera e diarreia severa, indicava ontem a Organização Mundial da Saúde em comunicado.


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