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GF Ouro
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Isaltino publica diário dos 429 dias em que esteve na Carregueira por fraude fiscal. Expõe-se e garante que não volta à política.
"A liberdade é primária, visceral e única." Com a voz embargada, Isaltino Morais conta ao DN o que os 429 dias como o recluso 721 da prisão da Carregueira significaram na sua vida. Aquele que foi um dos autarcas mais populares do país - como presidente da Câmara de Oeiras durante 16 anos consecutivos (de 1985 a 2001), de regresso em 2005 para ser reeleito em 2009, tendo sido preso em abril de 2013 - é agora um homem mais fragilizado, mais magro e mais frustrado.
Hoje é colocado à venda o livro da sua autoria A Minha Prisão: e Se Acontecesse Consigo?, uma obra que, mais do que um destilar de ódios pela magistratura ou por colegas de partido, é uma verdadeira catarse, com laivos de terapia chamados de diário de uma prisão, em que o homem que na Carregueira era tratado como "Sr. Presidente" mas que pedia que o tratassem por tu, se expõe e fala de emoções. Admite uma "profunda desilusão com a democracia e a vida democrática".
dn