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Putin proíbe entrada na Rússia a 89 personalidades europeias

kokas

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UE considera "lista negra arbitrária e injustificada". O ex-vice-primeiro-ministro britânico Nick Clegg, o ex-eurodeputado Daniel Cohn-Bendit, o escritor Bernard-Henry Levy são alguns dos nomes vetados.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, vai exigir na segunda-feira explicações ao embaixador da Rússia na União Europeia e a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, classifica a medida de "arbitrária e injustificada".



Um porta-voz da representação diplomática europeia explicou que a lista entregue apenas indica os 89 nomes - não explica os motivos da proibição.

A "lista negra" da Rússia que interdita personalidades europeias de entrar em território russo, em resposta a uma medida idêntica da União Europeia (UE), é "totalmente arbitrária e injustificada", declarou Federica Mogherini.
"A lista de 89 nomes foi divulgada pelas autoridades russas. Não temos qualquer informação sobre a sua base legal, os critérios adotados e o processo que levou a esta decisão", referiu um porta-voz da diplomacia europeia em comunicado.
"Consideramos esta medida totalmente arbitrária e injustificada, sobretudo devido à ausência de qualquer esclarecimento e de transparência", acrescentou.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, anunciou que vai exigir na segunda-feira explicações ao embaixador da Rússia na União Europeia sobre a existência desta "lista negra".
Schulz advertiu que, se não obtiver uma resposta "satisfatória" da diplomacia russa, não abdicará do "direito de tomar as medidas apropriadas" em relação à posição russa, entendida como um represália pelas sanções impostas pela UE à Rússia por causa da anexação da Crimeia e pela sua atuação no conflito no leste da Ucrânia.
O líder do Parlamento Europeu classificou de "inaceitável" a existência da lista, que inclui o ex-primeiro-ministro belga e o líder dos eurodeputados liberais, Guy Verhofstadt.
"Estou consternado com as informações relativas à lista negra em que aparecem funcionários e políticos europeus, especialmente membros do Parlamento Europeu", lamentou Schulz.
Em sua opinião, resulta "inaceitável" e "uma falta de confiança" a existência de tal lista, considerando que o caso constituiu um retrocesso nos esforços a favor de um diálogo construtivo para encontrar uma solução pacífica para a atual crise geopolítica.
Schulz indicou que exigirá à Rússia que divulgue a lista da discórdia e aclare as razões pelas quais inclui o nome de eurodeputados.
Alguns dos visados na lista só tiveram conhecimento do caso quando foram impedidos de entrar em território russo já durante a viagem.
O ex-vice-primeiro-ministro britânico Nick Clegg, o ex-eurodeputado Daniel Cohn-Bendit, o escritor Bernard-Henry Levy e o ex-primeiro-ministro da Bélgica Guy Verhofstadt, por exemplo, são alguns dos nomes vetados.
O Governo alemão exigiu já a Moscovo explicações sobre os políticos alemães incluídos na lista de personalidades europeias que estão proibidas de entrar em território russo.
Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão adiantou que está em contacto com as autoridades russas, reclamando transparência e lembrando que os cidadãos germânicos que se encontram na 'lista negra' devem ter conhecimento formal disso para recorrerem judicialmente da decisão.
Até ao momento, Berlim ainda não obteve resposta de Moscovo sobre a lista que, segundo vários jornais germânicos, contém o nome de 89 europeus, incluindo oito políticos alemães.
A Comissão Europeia assegurou que não dispõe de qualquer informação sobre o "fundamento jurídico", os critérios e o processo que levou à elaboração da lista.
Recentemente, o Governo alemão protestou contra a proibição de entrada na Rússia, até 2019, de um deputado democrata-cristão, que foi impedido de visitar o país à sua chegada ao aeroporto moscovita de Sheremétievo.
Bélgica e Holanda já denunciaram que a Rússia havia proibido a entrada no país a vários políticos, entre eles o ex-primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt, que atualmente preside ao grupo dos liberais no Parlamento Europeu.
A lista, entregue há dias na embaixada holandesa em Moscovo, foi interpretada na Holanda como uma represália pelas sanções impostas pela União Europeia (UE) à Russia devido à anexação da Crimeia e pelo seu comportamento no leste da Ucrânia.
Segundo a imprensa germânica, nessa lista encontram-se, por exemplo, a co-presidente do grupo dos Verdes no Parlamento Europeu, a alemã Rebecca Harms, e o presidente do grupo parlamentar da CDU/CSU no parlamento alemão, Michael Fuchs.
"Posso viver com isso. Há coisas piores", escreveu Fuchs na sua conta no Twitter.
Na mesma rede social, Harms mostrou-se desconcertada pelo seu nome estar na lista negra da Rússia.
Em setembro último, a eurodeputada foi declarada "persona non grata" pela Rússia e impedida de entrar no país apesar de possuir passaporte diplomático, quando quis assistir a um julgamento contra uma mulher acusada de espionagem.
O primeiro-ministro holandês Mark Rutte rejeitou a decisão de Moscovo e considerou que a lista "não está baseada na lei internacional, não é transparente e não pode ser contestada" num tribunal.



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