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GF Ouro
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Procurador propôs substituição da preventiva por domiciliária. Defesa tem até terça-feira para se pronunciar, mas advogado já disse que ex-primeiro ministro não aceita "andar de anilha".
Há 195 dias em prisão preventiva, José Sócrates poderá, muito brevemente, trocar o desconforto da cela do Estabelecimento Prisional de Évora pela comodidade do seu apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa. No pedido feito ao juiz, o procurador Rosário Teixeira manteve que existe o perigo de perturbação do inquérito e até recuperou o perigo de fuga do ex-primeiro ministro. Porém, o magistrado que investiga o processo "Operação Marquês" considerou que ambos podem estar salvaguardados com a prisão domiciliária, com pulseira eletrónica. A proposta chegou, sexta-feira, às mãos do ex-primeiro ministro, que tem até terça feira para responder. Porém, Sócrates poderá recusar utilizar a pulseira eletrónica.
Se, à primeira vista, a opção entre a cadeia e casa parece óbvia, certo é que isso não poderá ser assim para José Sócrates. Basta recordar uma entrevista do seu advogado, João Araújo, em fevereiro deste ano, na qual o defensor do ex-primeiro ministro foi claro quando já nessa altura foi confrontado com a hipótese de Sócrates trocar o Estabelecimento Prisional de Évora pela sua casa: "Não vejo que o senhor engenheiro Sócrates se sujeitasse a uma coisa dessas [obrigação de permanência na habitação com pulseira eletrónica]. Andar com uma anilha? Nem os pombos... Não acredito, mas isso é uma questão dele. Eu, pessoalmente, nunca toleraria uma coisa dessas."
dn