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GF Ouro
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Timoléon Mbaïkoua esteve em Lisboa há dias para contactos a vários níveis
Timoléon Mbaïkoua esteve em Lisboa há dias. Ex-ministro, o professor de Física quer ser alternativa num país que viveu uma brutal guerra civil em 2013. Eleições serão em setembro ou outubro.
A República Centro-Africana (RCA) está a concluir um processo de reconciliação após a guerra civil de 2013 entre milícias muçulmanas e cristãs. Quais as raízes do conflito?
Teve origem numa rebelião que partiu do Norte do país, não só de muçulmanos da RCA mas também vindos do Chade e do Sudão, que conquistou a capital, Bangui, e derrubou um presidente, François Bozizé, e um governo democraticamente eleitos. Foram atacados e destruídos edifícios públicos e principalmente lugares de culto cristão. Após sete ou oito meses desta violência, foi a vez de os cristãos contra-atacarem e conquistarem Bangui. Também eles cometeram muitos crimes.
Foi um conflito religioso?
Com olhar distanciado, é preciso dizer que o Norte foi preterido em termos de desenvolvimento desde a independência (1960). Não há escolas, centros de saúde, estradas e outras estruturas essenciais. As reivindicações muçulmanas são justas; eles foram esquecidos pelos políticos que lideraram o país. Mas a resposta não pode ser a violência nem a destruição do resto do país.
Mais do que violência, foi a barbárie.
dn