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GF Ouro
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Há uma semana e meia, José Sócrates foi chamado de novo ao DCIAP para prestar novas declarações
O "perigo de perturbação do inquérito" e o perigo de fuga foram os motivos invocados pelo MP para manter José Sócrates preso.
O procurador Rosário Teixeira, responsável pela investigação na Operação Marquês, entende que José Sócrates, em prisão preventiva há seis meses, pode ainda, nesta fase, perturbar "de forma significativa" o inquérito e "a recolha e a conservação da prova". Também considera que subsiste, "ainda que de forma mais diminuta", o perigo de fuga. Perante estes fundamentos, o procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) decidiu ontem propor a manutenção da prisão preventiva ao arguido mais mediático do país, um dia depois de Sócrates ter recusado a pulseira eletrónica por proposta do Ministério Público. Decisão que teve a concordância do juiz de instrução Carlos Alexandre, que teria sempre a última palavra no destino do preso 44, suspeito de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.
Depois de ter deixado o país em suspense até às 18.30 de ontem, Carlos Alexandre decidiu manter Sócrates "sujeito à medida de coação em que se encontra", acolhendo a proposta do Ministério Público (MP), que considerou que, "não havendo consentimento do arguido à utilização da pulseira eletrónica, ficou inviabilizada a substituição da prisão preventiva por domiciliária".
O advogado do ex-primeiro-ministro, João Araújo, garantiu ao DN que vai apresentar recurso da decisão de manter Sócrates em prisão preventiva: "Vou recorrer sempre de todas as decisões que ponham em causa a liberdade do meu cliente", afirmou. E garantiu que Rosário Teixeira cometeu uma ilegalidade por não ouvir o ex-líder do PS sobre esta segunda promoção do Ministério Público.
dn