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Portuguesas recebem menos 274 euros de reforma que os homens

kokas

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As reformadas portuguesas precisavam que o mês tivesse mais 12 dias úteis para terem uma pensão igual aos homens. Mesmo assim, estamos melhor que a maioria dos países da UE. As nações ricas estão piores.
Uma pensionista portuguesa recebe 606 euros enquanto que os homens têm 880 euros, segundo o estudo apresentado ontem num encontro internacional de jornalistas, ?Desigualdade de género entre pensionistas da UE?, que compara a média das pensões nos 28 Estados membros de quem trabalhou e fez descontos A diferença das pensões na UE é de menos 38% do valor mensal para as mulheres, sendo que a disparidade em Portugal é de 31%. São valores de 2012 e que representam pouca melhoria em relação ao primeiro estudo sobre o tema e que foi realizado em 2010. Nesse ano, as reformadas recebiam menos 39% do que os reformados em média na comunidade europeia, menos 33 % no nosso país.



O facto das mulheres terem salários mais baixos; menos tempo de trabalho pago e mais de trabalho não pago, nomeadamente para cuidarem dos filhos; mais empregos em regime de part-time, sendo que este último fator não se aplica tanto à realidade portuguesa, são as causas apontadas para a disparidade de rendimentos na velhice.

A diferença salarial média da UE é de menos 16% para as mulheres (menos 15% em Portugal). Mas depois dos 65 anos as disparidades são maiores e o sexo feminino corre mais risco de pobreza em todos os países.
Diferenças entre países
A Alemanha e o Luxemburgo estão no topo da desigualdade de género no que diz respeito aos seus reformados, as mulheres recebem menos 45% do que os homens. E a Holanda (42%) e a Inglaterra (40%) também estão piores do que a média europeia.
Os países do Leste estão entre os melhores classificados na igualdade das pensões, acompanhando a Dinamarca, onde a diferença no valor mensal é de 8%. E é a Estónia que leva o primeiro lugar na não discriminação das pensões por sexos, já que a diferença da pensão de uma mulher para um homem é de menos 5%.
A explicação avançada reside na elevada percentagem das mulheres que trabalham nos ex-regimes soviéticos e o facto de muitos dos empregos serem estatais e com uma maior igualdade salarial.
Mas a diferença dos valores mensais entre o Leste e o Ocidente é abismal, com os pensionistas da Estónia a ganharem entre 316 euros (mulheres) e 332 (homens), mais de seis vezes menos do que os da Dinamarca e onde as reformas são de 1962 euros e 2126 respetivamente.
O estudo compara os cidadãos que trabalharam e fizeram descontos, deixando de parte os que não têm comparticipações e recebem uma pensão social, o que no caso português faz toda a diferença a nível do valor médio das pensões. Além de que a análise da Eurostat analisa os valores ilíquidos.
São dois milhões os pensionistas portugueses da Segurança Social e que têm uma pensão média na ordem dos 361 euros (dados de 2013). A que se somam 483 mil da Caixa Geral de Aposentações (2014), sendo que mais de metade recebe menos de mil euros mensais.
Portugal está entre os países com a idade mais avançada no que diz respeito ao início da pensão dos atuais reformados, 60 anos, tanto para as mulheres como para os homens. A média europeia é de 59. Os países do Leste da UE estão entre os que começaram a receber a pensão mais cedo, aos 58 anos. Na Suécia iniciaram aos 64 anos.
E, com as recentes alterações, os portugueses trabalham ainda até mais tarde que a maioria dos congêneres europeus, até aos 66 anos e que chegará aos 67 em 2009.



dn
 
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