kokas
GF Ouro
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Júlio Ferreira, outro estudante universitário minhoto, deu a 7.ª medalha a Portugal. Arte marcial promete "anos dourados".
Um estuda Medicina, é do Vitória de Guimarães e vale ouro. Outro seguiu Arquitetura, representa o Sporting de Braga e conquistou o bronze. A uni-los estão as origens minhotas - "crescemos e evoluimos juntos" - e os resultados que vêm afirmar o taekwondo como um dos novos desporto-fenómeno em Portugal. São Rui Bragança e Júlio Ferreira: um tinha brilhado na terça-feira, outro fê-lo ontem e selou a conquista da 7.ª medalha do contingente nacional nos Jogos Europeus, a decorrer em Baku (Azerbaijão).
O ouro de Rui Bragança (em -58 kg) deixava espaço para poucas dúvidas. O bronze de Júlio Ferreira (em -80 kg) parece dissipá-las totalmente: o taekwondo (arte marcial de origem coreana) é o mais recente exemplo de uma modalidade com pouca tradição em Portugal... na qual os atletas nacionais se tornaram exímios. Ontem, Júlio Ferreira - o quase-arquiteto, de 21 anos, que representa o Sporting de Braga - provou-o com força, técnica, nervos de aço e suspense até ao fim.
Em Baku, o percurso do novo medalhado português - que os pais iniciaram no taekwondo para tentar acalmar a rebeldia própria da adolescência - foi quase irrepreensível. Júlio Ferreira começou por afastar o espanhol Raul Martinez Garcia, por 10-4. E, de seguida, alcançou a surpresa do torneio: derrubou o tricampeão europeu Aaron Cook - um inglês que se naturalizou moldavo, depois de ter sido excluído pelos responsáveis britânicos dos Jogos Olímpicos de 2012, quando era n.º1 mundial. O duelo ficou 8-7, decidindo-se por ponto de ouro (fórmula de desempate quando fica tudo igual ao fim dos três rounds, de dois minutos cada).
dn