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GF Ouro
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Entrevista a Carmen Enríquez, jornalista e autora do livro "Felipe VI. Uma Monarquia Renovada". Ao DN analisa as principais mudanças introduzidas pelo novo monarca e os desafios que tem pela frente.
O que aconteceu no último ano na monarquia espanhola?
Quando o novo rei expressou a vontade de regenerar a instituição e renová-la para um tempo novo, eram palavras sinceras, não uma frase feita. Antes de chegar ao fim do primeiro mês já estava a anunciar medidas para serem aprovadas no fim do ano que afetavam, entre outros, o regime de presentes. O que se pode ou não aceitar porque há países que oferecem presentes dispendiosos, como uma casa em Lanzarote, do rei Hussein da Jordânia, ou cavalos puro-sangue, da Arábia Saudita. Mas além de normas para a família real, cujos membros não podem ocupar postos remunerados, quis fazer um código ao qual deve estar sujeito quem trabalha na Casa Real. É importante que as pessoas saibam isso. E que o rei baixou o salário 20% e vai submeter as contas da família real a uma auditoria externa. Felipe não quer cometer os erros do passado que acabaram por baixar a confiança na monarquia.
Foram medidas arriscadas?
A sociedade mudou e a exigência em relação aos membros de uma instituição que funciona com dinheiro público é muito maior. Se a monarquia chegou ao século XXI é porque soube adaptar-se e fazer as mudanças necessárias.
Sem mudanças, os espanhóis voltariam a confiar na monarquia?
dn