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GF Ouro
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Vereador do urbanismo lançou proposta. Oposição na câmara lisboeta afirma que não é o tempo para avançar com uma ideia que não é prioridade, que não teve reflexão e que compromete a mobilidade.
Desativar a estação de comboios de Santa Apolónia, em conjugação com a saída da plataforma de contentores do porto de Lisboa para o Barreiro, e transformar a zona num jardim. A ideia foi apresentada por Manuel Salgado, vereador do planeamento e urbanismo da Câmara de Lisboa, numa convenção autárquica do PS Lisboa. Mas não agrada aos membros da oposição que fazem parte do executivo da autarquia. Defendem que não é a prioridade, que vai afetar a mobilidade de milhares de pessoas, nem houve reflexão para falar sobre uma transformação com grandes implicações para a baixa da cidade.
"É uma possibilidade de futuro para Lisboa. A principal estação de coimboios é Entrecampos e a tendência, no futuro, é reforçar o seu papel como estação central. Isso libertaria muitas áreas de apoio ferroviárias que podiam ser relocalizadas fora do centro de Lisboa. Se for feita a conjugação com a transformação da área portuária, com a mudança da plataforma de contentores para o Barreiro, permitira, obviamente redesenhando, ganhar um grande espaço para usufruto público", diz ao DN Manuel Salgado, vereador do urbanismo da Câmara de Lisboa.
Em cima da mesa está a desativação da estação total ou parcial, garantindo a continuidade do edifício que a acolhe. Fará sentido acabar com aquele espaço emblemático de Lisboa, que continua a receber mais 236 mil passageiros em média por mês? Ainda mais quando em 2007 se construiu ali uma estação do metro? "Resta saber qual a percentagem de utentes do coimboio que usa o metro. É preciso saber se faz sentido ou não desativar o terminal de comboios. Por conhecimento empírico, quem usa a linha do norte sai mais no Oriente e são poucas as pessoas a sair em Santa Apolónia, mas há mais ligações de proximidade. O próprio edificio, com valor histórico, está muito desocupado", diz.
dn