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O homem que acrescentou um segundo aos nossos relógios

kokas

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Rui Agostinho é o diretor do Observatório Astronómico de Lisboa e foi o responsável por instalar o relógio atómico, que determina a hora legal, ao qual só três pessoas têm acesso.
Na madrugada passada o mundo ganhou um segundo. Em Portugal, o responsável por garantir que a nossa hora legal teve esse tempo a mais foi Rui Agostinho. O diretor do Observatório Astronómico de Lisboa - guardião da hora legal do país - é uma das três pessoas que têm acesso à sala onde está o relógio atómico encarregado de medir com precisão a cadência dos segundos, minutos e horas pela qual se rege a vida do comum dos mortais. Foi ele que comprou, montou e programou o software do aparelho em 2001 e, se alguma coisa falhar enquanto ele estiver fora do Observatório, é avisado por uma chamada automática. "Se houver uma falha grande de energia, por exemplo."



Mas o aparelho tem funcionado sem problemas - "não precisamos de ir à sala todos os dias ver como está a trabalhar" -, até porque estes relógios têm uma precisão nunca antes vista. "Ao fim de um milhão de anos a funcionar, os relógios atómicos têm um segundo de desvio", explica o astrofísico. Já os relógios de pulso comuns podem ter um desvio de 30 segundos em cada mês, por exemplo.

E o que têm a ver os relógios atómicos com o segundo a mais em 2015? Bem, a medição do tempo está ligada à rotação da Terra que determina o dia e a noite, mais tarde definiu-se que cada dia tinha 24 horas (em 1820). Ora, a rotação da Terra tem vindo a abrandar e com a descoberta tecnológica que permite medir o tempo sem a necessidade de depender de olhar para as estrelas verificou-se que o movimento do planeta não era uniforme. "Os nossos dias de hoje são maiores do que os de 1820, quando se começou a medir o tempo. Hoje os dias são 1,7 milissegundos maiores do que em 1820", aponta.


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