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Sócrates e Vara têm mais em comum do que parece

kokas

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Os socialistas que agora são agora suspeitos na mesma operação, são amigos de longa data.
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Armando Vara e José Sócrates são mais parecidos do que possa parecer à primeira vista, quem o garante é o jornal Expresso, depois de analisar as vidas (quase paralelas) entre os dois socialistas suspeitos na Operação Marquês.





Os 104 quilómetros entre Lagarelhos e Vilar de Maçada, aldeias em que nasceram Armando Vara e José Sócrates, não revelam a distância nas suas vidas e carreiras profissionais. Amigos de juventude e camaradas no Partido Socialistas, os dois ex-governantes chegaram a dividir sociedade numa empresa de combustíveis e a partilhar a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Vara e Sócrates começaram a lutar por objectivos comuns desde cedo, em meados dos anos 80 apoiaram o projeto de lei que autoriza a divulgação de sondagens durante as campanhas eleitorais mas esta foi apenas a primeira das suas batalhas.
A sua importância na máquina socialista traduz-se num voto de confiança, já que Armando Vara se sentou no Parlamento em 1985, e Sócrates alcançou o mesmo posto dois anos depois.
Os meninos-prodígio dos olhos de António Guterres unem-se em 1990 numa sociedade que vende combustíveis, com sede num dos escritórios do construtor civil José Guilherme. Esta sociedade dura apenas um ano mas é a alavanca para a chegada de outras.
Em 1995 são chamados para o Executivo de Guterres, primeiramente para as secretarias de Estado mas quatro anos depois chegam aos ministérios, o do Ambiente e do Ordenamento do Território para José Sócrates e o cargo de ministro –adjunto do primeiro ministro com os pelouros da juventude, toxicodependência e comunicação social.
Vara acabou por se demitir por diversas polémicas na sua governação mas regressou aos altos cargos pela mão de José Sócrates, depois deste se tornar primeiro-ministro, tendo sido nomeado para a administração da Caixa Geral de Depósitos.
A decisão foi muito contestada pela oposição, pela falta de formação para o cargo, já que deixara um curso de Filosofia por concluir, na Universidade Nova de Lisboa, e acabou um curso de Relações Internacionais na Universidade Independente dias antes da nomeação.
Os companheiros acabaram por ser condecorados, no mesmo dia, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, atribuída pelo Presidente da República Jorge Sampaio, por causa dos feitos na organização do campeonato da Europa de 2004.
A vida de José Sócrates e Armando Vara voltou a cruzar-se na Justiça, onde Vara foi condenado a cinco anos de prisão, e agora na Operação Marquês.


nm
 
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