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Turbinas gémeas aproveitam ventos sob pontes e viadutos
Pares de turbinas idênticas maximizam o potencial gerado por área e minimizam o custo das instalações. [Imagem: José Antonio Peñas/Sinc]
Energia eólica em pontes
Pares de turbinas idênticas maximizam o potencial gerado por área e minimizam o custo das instalações. [Imagem: José Antonio Peñas/Sinc]
Energia eólica em pontes
As turbinas eólicas não precisam ser instaladas sempre em postes, elas podem ocupar os vãos das pontes e viadutos.
É o que estão propondo Oscar Soto e seus colegas da Universidade Kingston de Londres, a partir de dados colectados numa ponte real, o Viaduto Juncal, nas Ilhas Canárias.
Partindo das informações reais, modelos e simulações de computador concluíram pela viabilidade de turbinas em formato de disco e de pequenas dimensões, o que amplia a aplicabilidade do conceito.
"Como é natural, quando maior a superfície do rotor, mais energia pode ser produzida, contudo, já se sabe que nas turbinas eólicas menores a potência por metro quadrado é menor," explicou Soto.
Depuração das árvores
Com base nas dimensões dos vãos da maioria das pontes e viadutos, Soto e seus colegas recomendam o uso de pares de turbinas idênticas, por forma a maximizar o potencial gerado por área e minimizar o custo das instalações.
Cada ponte ou viaduto possui características diferentes; no caso específico da ponte analisada, o potencial foi estimado em 0,25 MW por rotor - logo, cada par de turbinas gerará 0,5 MW.
"Isto seria o equivalente ao consumo médio de 450 a 500 casas," diz Soto " que este tipo de instalação poderia evitar a emissão de 140 toneladas de CO2 por ano, valor que representa o efeito da depuração de cerca de 7.200 árvores."