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GF Ouro
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Resposta de Ricardo Salgado a processo de contraordenação aberto pelo Banco de Portugal tem 432 páginas. No documento, o supervisor é acusado de fazer cair o banco com o apoio do governo.
"O BES não faliu. Foi obrigado a desaparecer pelo Banco de Portugal [BdP]. Hoje sabemos que com o apoio do governo de Portugal, liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho." É desta forma que a defesa de Ricardo Salgado, ex-presidente da comissão executiva do banco, começa por contrariar o organismo liderado por Carlos Costa, que o acusa de ter cometido cinco infrações no primeiro processo de contraordenação aberto contra Salgado pelo supervisor da banca.
Num documento de 432 páginas, a que o DN teve acesso, assinado pelo escritório de advogados Uría Menéndez-Proença de Carvalho - de que é sócio Daniel Proença de Carvalho, chairman da Global Media, a que pertence o DN -, a medida de resolução aplicada ao BES, comunicada ao país a 3 de agosto, é questionada repetidamente e classificada como uma "decisão política" que se traduziu na "morte do BES". Esta, explica a defesa, "não resultou de qualquer ação ou omissão" de Ricardo Salgado - uma das acusações que o BdP lhe faz. O que se quis foi fazer do BES "uma cobaia" sem paralelo na Europa.
dn