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Castro espera que Obama recorra a poder executivo para resolver embargo

kokas

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Set 27, 2006
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O Presidente de Cuba, Raúl Castro, apelou, esta quarta-feira, ao seu homólogo norte-americano para usar as suas "faculdades executivas" para acabar com "aspetos" do bloqueio, insistindo que as relações bilaterais não serão normalizadas enquanto persistir o embargo.
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"Esperamos que [Obama] continue a usar das suas faculdades executivas, ou seja, aquelas que pode utilizar como Presidente sem interferência por parte do Congresso, para desmantelar aspetos desta política que causa danos e privações ao nosso povo", afirmou Raúl Castro, diante da Assembleia Nacional de Cuba.





A cinco dias para o restabelecimento oficial das relações diplomáticas entre Havana e Washington, o Presidente cubano destacou que em 20 de julho termina a primeira fase do histórico processo que se iniciou em 17 de dezembro de 2014.
"Vai iniciar-se uma nova etapa, ampla e complexa, no caminho rumo à normalização das relações, a qual vai exigir vontade para que se encontrem soluções para os problemas que se acumularam por mais de cinco décadas e afetam os laços entre os nossos países e povos", frisou.
Segundo Raúl Castro, Cuba e Estados Unidos devem fundar "um novo tipo de laços", "diferentes" dos de toda a história comum entre ambos os Estados, que romperam relações em 1961.
Contudo, voltou a insistir que, para que as relações sejam totalmente normalizadas, é necessário, além do levantamento do bloqueio, que os Estados Unidos devolvam à ilha o território "ilegalmente ocupado" da base naval de Guantánamo.
No complexo caminho para a normalização, Cuba também exige a Washington que acabe com as "transmissões de rádio e televisão ilegais", elimine programas para promover a "subversão e a desestabilização internas" e que compense o país "pelos danos humanos e económicos" que as políticas norte-americanas provocaram.
Após sublinhar que "mudar tudo o que deve ser mudado é um assunto soberano e exclusivo dos cubanos", Raúl Castro frisou que o "governo revolucionário" está disposto a avançar na normalização.
"Podemos cooperar e coexistir civilizadamente, em benefício mútuo, acima das diferenças que temos e teremos, e contribuir com isso para a paz, segurança, estabilidade, desenvolvimento, e equidade no nosso continente e no mundo", acrescentou.
Como é habitual, no seu discurso na Assembleia, o Presidente cubano passou em revista temas nacionais, tendo dado especial ênfase ao bom desempenho da economia durante o primeiro semestre, já que o Produto Interno Bruto cresceu 4,7%.
"Inverteu-se a tendência de desaceleração", frisou Castro, recordando que a previsão de crescimento económico para todo o ano de 2015 é de 4%, pelo que é preciso "trabalhar duro e com muita disciplina".



nm
 
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