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GF Ouro
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Presidente brasileira Dilma Rousseff
Collor de Mello alvo de buscas, Lula da Silva investigado e Eduardo Cunha acusado de suborno ocupam as manchetes. A presidente não pode relaxar mas pelo menos não sai do foco
Entre as maiores dores de cabeça de Dilma Rousseff nos últimos meses têm estado, em primeiro lugar, a oposição ao seu governo pelo presidente da câmara dos Deputados Eduardo Cunha e de boa parte do poder legislativo. E, em segundo, o fogo amigo do padrinho político Lula da Silva, que começou a criticar a sucessora em público. Pois em menos de 48 horas, Lula passou à categoria de investigado por tráfico de influências, Cunha foi acusado de suborno por um delator na Operação Lava-Jato e parlamentares viram a polícia efetuar buscas nas suas casas. Se Dilma passa um mau bocado, serve-lhe de consolo que os inimigos, e Lula, passam por um pior.
Logicamente, o inquérito movido a Lula contagia Dilma: o ex-presidente é (ou era) o seu principal apoiante, são ambos do mesmo partido, o Partido dos Trabalhadores (PT), e na política brasileira não se conjuga o nome dela sem antes se conjugar o dele. Mas, surgindo na fase de maior tensão entre ambos, desmoraliza sobretudo o próprio ex-sindicalista. Ainda para mais nos dias seguintes a Rui Falcão, presidente do PT, fragilizar Dilma ao dizer que "Lula precisa de voltar em 2018 para continuar o seu projeto". Sem contar que a relação Lula-Odebrecht, o motivo da investigação em curso no Ministério Público de Brasília, é independente da presidente.
Porque embora se sinta que ela paira à sua volta, ninguém aponta o dedo a Dilma quando o assunto é corrupção. Até a oposição a iliba. "Temos de ter cuidado e responsabilidade quando falamos em impeachment e coisas do tipo, não podemos colocar Dilma no mesmo saco de outros ex-presidentes, ela é uma pessoa respeitável", disse à Folha de S. Paulo, ainda antes da investigação a Lula, o senador e candidato a vice-presidente na lista de Aécio Neves em 2014 Aloysio Nunes Ferreira, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), principal partido da oposição.
dn