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GF Ouro
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Um homem tira uma fotografia frente à embaixada de Cuba em Washington
Gesto marca reatar das relações entre os dois países, cortadas há 54 anos. A 14 de agosto, a bandeira norte-americana é içada em Havana.
A última vez que a bandeira cubana drapejou nos céus de Washington, Dwight Eisenhower estava na Casa Branca e Are You Lonesome Tonight?, de Elvis Presley, liderava o top de músicas nos EUA. Ontem, 54 anos e 11 presidentes norte-americanos (só dois cubanos) depois, a bandeira voltou a ser hasteada frente à embaixada de Cuba, numa cerimónia que marcou o reatar das relações diplomáticas entre os dois países. A 14 de agosto, será a vez da bandeira norte-americana subir aos céus de Havana.
Depois de mais de meio século de costas voltadas e 18 meses de conversações secretas com o apoio do Vaticano, o presidente norte-americano, Barack Obama, e o líder cubano, Raúl Castro, anunciaram a 17 de dezembro o início de negociações para o reatar das relações. A cerimónia de ontem frente à embaixada cubana (que por quase quatro décadas foi meramente secção de interesses), marca mais um passo nesse longo caminho.
"O acontecimento histórico que estamos a viver só fará sentido com a remoção do bloqueio económico, comercial e financeiro, que tanto dano e sofrimento provoca nos nossos povos, a devolução do território ocupado em Guantánamo e o respeito pela soberania de Cuba", afirmou o chefe da diplomacia cubana, Bruno Rodríguez, que presidiu à cerimónia, enumerando os entraves que do lado de Havana ainda falta ultrapassar. Só o Congresso (dominado pelos republicanos) pode acabar com o embargo.
dn