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Acidentes de mergulho são quarta causa de lesão da medula, que pode ser irreversível

Feraida

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Verificar as condições do espaço e a sua profundidade são essenciais para evitar problemas ao mergulharFotografia © Tiago Melo

Maioria dos acidentes acontece em locais onde a profundidade é inferior a 1,5 metros. Jovens entre os 15 e os 30 anos são os que mais sofrem este tipo de acidentes.

Os acidentes de mergulho são a quarta causa de lesão da medula, que pode ser irreversível, com os jovens entre os 15 e 30 anos a representarem a grande maioria das pessoas que sofrem estes acidentes.

Segundo dados da recém-criada associação portuguesa 'Spine Matters', que visa promover a temática das doenças de coluna, a maioria dos acidentes com mergulhos acontece em locais onde a profundidade é inferior a 1,5 metros.

Verificar as condições do espaço e a sua profundidade são essenciais para evitar problemas ao mergulhar, refere o cirurgião ortopédico Luís Teixeira, presidente da 'Spine Matters', recordando que na grande maioria dos casos a vítima de um acidente de mergulho desconhecia ou o local do acidente ou conhecia-o mal.

Dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) relativos aos últimos cinco anos em Portugal indicam que 96% dos acidentes com mergulhos ocorrem entre maio e setembro, com incidência mais forte no sexo masculino e mais de metade envolve pessoas com menos de 30 anos.

Este ano, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia lançaram novamente a campanha "Mergulho Seguro", com o objetivo de sensibilizar a população mais jovem para a prevenção de traumatismos vertebro medulares provocados por acidentes com mergulhos.

A campanha existe desde 2013 e, segundo os dados recolhidos pelos promotores da iniciativa, parece estar a ter reflexos na diminuição de acidentes.

Em 2012, eram 52,4% os acidentes que atingiam a faixa etária dos 11 aos 20 anos, número que caiu para 32% em 2013 e para 17,6% no ano passado.

A campanha visa sobretudo alertar para os efeitos permanentes das lesões decorrentes de mergulhos mal calculados, sublinhando precisamente a importância de conhecer o local e perceber a sua profundidade.

De acordo com a associação 'Spine Matters', quando a velocidade do impacto é superior a três metros por segundo é suficiente para causar lesões cervicais irreversíveis.

As lesões em mergulho ocorrem geralmente quando a cabeça bate no solo, já que após o impacto o pescoço recebe o peso do corpo, podendo resultar em trauma da medula espinhal.

A pior consequência é a paralisação e a impossibilidade de mexer os membros. Conforme o grau da lesão da medula, o mergulhador pode ficar tetraplégico ou paralisado das pernas.

In:Dn

 

Hubble

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Obrigado pelo tópico. Nunca é de mais alertar para este tipo de situações. Todos nós conhecemos ou pelo menos já ouvimos falar de casos destes. Ainda bem que o número de acidentes parece estar a diminuir.
 

Feraida

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Obrigado pelo tópico. Nunca é de mais alertar para este tipo de situações. Todos nós conhecemos ou pelo menos já ouvimos falar de casos destes. Ainda bem que o número de acidentes parece estar a diminuir.

E como estamos em férias convém estar ALERTA.

Cumps

Feraida
 

Hubble

GF Bronze
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Com certeza, Feraida, esta época de verão/férias será a mais crítica.
Mas apesar desta campanha não estar tão vocacionada para aí, também há a questão dos desportos aquáticos. É que são tantos os fatores em jogo nestes desportos, que tornam mais difícil uma prevenção eficaz. Como praticante, estes acidentes em geral (desporto ou lazer/mergulho) preocupam-me, tanto mais que na maior parte dos casos as lesões provocadas são irreversíveis.

Abraço
 

Feraida

GF Ouro
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Acidentes de Mergulho São a Quarta Causa de Lesão Medular



Jovens do sexo masculino, entre os 15 e os 30 anos, representam mais de 75% do grupo de risco de pessoas que sofre acidentes de mergulho entre Junho e Setembro.

A sua ocorrência é a quarta causa de lesão medular e os estudos revelam que a maioria se verificam em locais de profundidade inferior a 150 cm.

Quando superior a 3m/s, a velocidade do impacto é suficiente para causar lesões cervicais irreversíveis.

Com o aumento das temperaturas e início do período de férias de verão dos portugueses, a procura por destinos de praia e piscina é cada vez maior.

Independentemente do destino, a entrada na água é uma constante, nem sempre atenta à cor da bandeira na praia ou aos avisos de não mergulho nas piscinas.

De acordo com um estudo publicado na revista de Cirurgia Ortopédica e Traumatologica Francesa, citado pelo agregador O Meu Bem Estar, na grande maioria dos casos a vítima desconhece ou conhece mal o local em que se dá o acidente.

“De facto, o mergulho ocorre em primeiro lugar e só depois de entrar na água, muitas vezes mal e com danos ligeiros, é que o alerta surge e se verificam as condições e a real profundidade do espaço”, começa por explicar Luís Teixeira, director do Spine Center.

“Na execução do mergulho a pessoa atinge cerca de 15 km/h”, esclarece o médico cirurgião ortopédico.

”Contudo, quando esse mergulho é executado numa posição quase vertical, a velocidade descreve uma trajetória descendente muito veloz em direcção ao fundo da piscina.

Por outro lado, e em praias com muita ondulação, as pessoas tendem a mergulhar em zonas de rebentação em que ainda têm pé, sendo frequente a postura incorrecta.

No momento do impacto no solo, a posição da cabeça e coluna vertical vão determinar tudo, mas antes é a análise do espaço que se torna fundamental”, alerta o especialista que não esquece também que entre 38% a 47% dos casos ocorrem após consumo de drogas ou de bebidas alcoólicas.

COMO OCORREM AS LESÕES EM MERGULHO

1. Ao mergulhar com o corpo curvado em local raso, a cabeça bate no solo.

2. Após o impacto com o solo, o pescoço recebe o peso do corpo, absorvendo o impacto e produzindo uma brusca flexão ou extensão do pescoço podendo ocasionar uma fractura ou deslocamento de vértebra cervical, (geralmente a C5 ou a C6), que pode resultar em trauma da medula espinhal.

3. A fractura ou luxação das vértebras comprime a medula responsável pela transmissão das ordens vindas do cérebro para todas as regiões do corpo humano.

4. A compressão da medula causa uma necrose (morte dos tecidos e células da região atingida), o que impede a transmissão dos estímulos vindos do cérebro e também da sensibilidade dos membros

5. A pessoa fica paralisada e não sente os seus membros. De acordo com o grau da lesão da medula, o mergulhador pode ficar tetraplégico, (sem movimentação nos braços e nas pernas) ou paraplégico, paralisado apenas nas pernas.


In:Green Savers
 
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