A nanotecnologia que controla o cérebro através de luz

A nanotecnologia que controla o cérebro através de luz​

Nano-sonda​

O andar de um rato foi controlado por uma ligação sem fios, com os pesquisadores a determinar se ele deveria virar à direita ou à esquerda através do pressionamento de teclas de um controlo remoto.
Isto foi possível graças a um implante neural, que pode ser controlado remotamente, libertando substâncias que accionam ou desactivam os neurónios no cérebro do animal.
"Nós usamos estratégias de nano-manufactura para fabricar um implante, que nos permite penetrar profundamente no cérebro do animal com um mínimo de dano," disse o professor John Rogers, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores usaram sondas opto genéticas ou para monitorizar e controlar o cérebro de cobaias em estudos de diversas condições de saúde humana, como a depressão, vícios e dores crónicas. As sondas neurais existentes actualmente mantêm o animal preso a cabos ou fibras ópticas, limitando o valor das observações.

Neuro ciências abertas​

A nano-sonda, com 500 micrómetros de comprimento por 80 micrómetros de espessura, usa canais fluídicos controlados por luz para libertar no cérebro as drogas que controlam os neurónios.
O equipamento de transmissão sem fios é montado externamente, sobre o crânio do animal, mas é pequeno o suficiente para não atrapalhar os seus movimentos ou alterar seu comportamento.
A central de controlo funciona até um metro de distância do animal.
Cada sonda possui espaço para usar quatro drogas diferentes, cada uma controlada por um nano LED, permitindo múltiplas experiências com cada implante.
No artigo descrevendo a nano-sonda, os pesquisadores divulgaram todas as instruções necessárias para que outras equipas construam as suas próprias sondas neurais wireless.
"Uma ferramenta somente é boa se for usada.
Nós acreditamos que uma abordagem aberta e colectiva para as neuro ciências é um excelente caminho rumo ao entendimento dos circuitos cerebrais normais e saudáveis," disse o professor Michael Bruchas, membro da equipa.