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América perdoa (quase) tudo a um magnata. E Trump até já se vê presidente

kokas

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Donald Trump é candidato republicano à Casa Branca

Candidato é rico e sem papas na língua. O que lhe tem valido somar inimigos, mas também liderar as primárias republicanas.
Depois de ter chamado violadores aos imigrantes mexicanos é impensável que Donald Trump colha simpatia junto do eleitorado hispânico; e que depois de ter posto em causa o heroísmo de John McCain, piloto preso anos no Vietname, receba votos dos veteranos. Mas será mesmo assim? Está o estilo arrogante e sem papas na língua a destruir as hipóteses de o magnata ser o candidato escolhido pelo Partido Republicano para as presidenciais de 8 de novembro de 2016? As maioria das sondagens para as primárias têm dado Trump à frente. E a publicada dia 20 pelo Washington Post creditava-o com 24%, uma sólida liderança sobre os outros 15 republicanos. Trump, de 69 anos, tem assim razões para acreditar no inacreditável: que pode ser a escolha conservadora e, mais inacreditável ainda, no fim suceder a Barack Obama na Casa Branca.

Numa reportagem feita há duas décadas pela New Yorker, Trump confessava: "Aquilo em que sou pior é a lidar com os media. E aquilo em que sou melhor é a fazer negócios e a criar. A imprensa retrata-me como se fosse um lança-chamas descontrolado. Eu sou muito diferente disso. Penso que sou erradamente retratado". Nada indica que o magnata tenha mudado de opinião sobre si mesmo ou sobre como é tratado pelos jornalistas. Para alguém tão convencido de gozar dos favores divinos que fez do ser rico o mote de candidatura, e até se lançou na campanha em junho a garantir ter uma fortuna que é o dobro da calculada pela Forbes, só pode haver má intenção nos colunistas dos jornais que criticam o estilo (e o cabelo!). E também nas notícias que desmentem as tiradas preconceituosas, como as contra os imigrantes, mostrando que estes suportam a economia dos Estados Unidos e são essenciais para a segurança social.
"Trump diz as coisas como elas são" é a frase mais citada pelos repórteres que tentam compreender o fenómeno indo ter com o vasto clube de admiradores, que desde ontem inclui, via Twitter, o basquetebolista Dennis Rodman. Ora dizer as coisas como elas são significa fazer dos mexicanos um bando de criminosos? Classificar o debate sobre o aquecimento global como estratagema da China para destruir a competitividade americana? Ou explicar o sucesso do Estado Islâmico com o facto de os Estados Unidos não terem ficado com o petróleo do Iraque? Dizer as coisas como elas são significa também pôr em causa que Obama tenha nascido na América? Ou gozar com aqueles que bebem Diet Coke, recordando nunca ter visto alguém magro a consumir essa bebida light? No caso desta última tirada, algum humor haverá. Na tal reportagem de 1997, a New Yorker descreve Trump como consumindo por dia um galão de Diet Coke, uns quatro litros. Mesmo que fosse exagero jornalístico, o homem talvez tenha desistido entretanto do vício, mas num "almoço com" do Financial Times, em 2013, pediu a bebida e até repetiu.
Donald Trump nasceu em Nova Iorque em 1946, numa família abastada. Formou-se em Economia e Antropologia na Pensilvânia e safou-se da Guerra do Vietname por causa dos adiamentos escolares e com a ajuda também de um relatório médico (sim, este é o homem que critica o senador e ex-candidato presidencial republicano McCain, que entre as mazelas deixadas pelas torturas conta a impossibilidade de erguer os braços). Seguindo as pisadas do pai, Trump aventurou-se no imobiliário e com sucesso, o que ajuda a explicar uma fortuna hoje acima dos oito mil milhões de dólares e que lhe dá vantagem óbvia mesmo sobre as máquinas milionárias que rodeiam Hillary Clinton (favorita democrata) e Jeb Bush (peso pesado republicano). Icónica a todos os níveis é a Trump Tower, o 14.º maior arranha-céus de Nova Iorque e onde apresentou a candidatura à Casa Branca.



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