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A Aprendizagem do Pombo Correio

Matapitosboss

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A aprendizagem do pombo-correio começa a partir do seu nascimento , e tem como principais objectivos:
A adução ao pombal;
Proporcionar-lhe o vigor e a preparação necessária, para que, quando solto, regresse ao seu pombal com segurança e na maior rapidez;
A capacidade que o pombo-correio tem em regressar ao pombal manifesta-se tanto nos machos como nas fêmeas. Por meio de uma aprendizagem e um treino cuidadoso, estes animais podem percorrer grandes distâncias em vôo ininterrupto.

A Adaptação
O pombo-correio acostuma-se com maior ou menor rapidez, consoante a idade de adução ao pombal:

Borrachos nascidos no pombal
Em princípio, os borrachos só abandonam o seu ninho quando são capazes de se alimentarem por si sós. Para aduzir os borrachos é suficiente deixá-los completamente tranquilos. Quando têm força para voar fazem-no no seu pombal, aproveitando o sputnik para conhecerem as imediações. Quando finalmente empreendem o vôo, descrevem círculos sem se afastarem do pombal; pouco a pouco, vão-se unindo ao bando para voar e regressar com ele.

Borrachos procedentes de outro pombal
Os borrachos adaptam-se ao novo pombal num período de 10-15 dias, sempre que tenham menos de um mês. A princípio procuram afincadamente uma saída. Por isso, devem manter-se encerrados e serem objecto de todas as atenções no que se refere à higiene, bem estar e alimentação, até que se acostumem ao seu novo habitat. As primeiras saídas efectuar-se-ão pela tarde.

Pombos adultos
Os que não tenham voado em liberdade demoram a adaptar-se entre um mês e um mês e meio. Se já voaram, mas sem viajar, aconselha-se a acasalá-los antes de soltá-los (dois a três meses).
A Aprendizagem
A partir da adaptação, a educação do nosso atleta faz-se de forma gradual. Quando os borrachos têm uns 25 dias já podem alimentar-se por si sós. Então, é preciso separá-los dos seus pais e alojá-los num sector especial só para eles. Esta separação é conhecida como o "desmame". Efectua-se, colocando os borrachos num pombal acolhedor, com uma camada de palha no chão e onde a ração e água estejam colocados de forma acessível. No entanto, o columbófilo deverá seguir atentamente a evolução das aves, verificando se todos acedem ao bebedouro e ao comedouro. Os borrachos que não conseguiram beber, normalmente, têm tendência para se isolar num dos cantos do pombal, piscando ininterruptamente os olhos. Aí, deverão pegá-los e mergulhar-lhes a cabeça no bebedouro.

Quando houver um grupo de borrachos, dos quais os mais jovens tenham cumprido os três meses de idade e levem mais de um mês voando livremente pelo exterior do pombal, podemos começar com os vôos preliminares de reconhecimento dos arredores. O primeiro vôo deve fazer-se num dia claro e sereno, pouco antes da primeira distribuição da comida aos pombos, desde um ponto livre, situado, aproximadamente, a um quilómetro do pombal. Em vôos sucessivos vamos aumentando, gradualmente, esta distância até alcançar os 8 a 10 quilómetros. Terminados estes vôos, temos a certeza de que os borrachos conhecem perfeitamente os arredores. Quando for possível, os borrachos devem ser soltos, um a um, para que não regressem em bando, mas sim individualmente. Depois aumentamos, progressivamente, as distâncias a 40, 75, 100, 150 Kms. Estes vôos fazem-se com todos os borrachos ao mesmo tempo. Aqui podemos dar por terminada a aprendizagem durante o primeiro ano.

Algumas Associações promovem, hoje em dia, concursos de borrachos. No segundo ano, os "pombos de ano" podem voar até 500 quilómetros, ou mais, começando com treinos progressivos, para que, o pombo vá ganhando forma, antes de alcançar a distância desejada. Para os grandes concursos (de fundo), devem escolher, preferencialmente, pombos adultos de mais de 3 anos.

Precauções
A direcção e intensidade do vento, o nevoeiro, a neve e a chuva influem o regresso do pombo impedindo-o, algumas vezes, de cheguar ao seu destino. Por isso, é de muita importância, na época da aprendizagem e treino, não soltar os pombos quando houver vento forte em direcção contrária, ou quando as condições meteorológicas sejam francamente desfavoráveis, não obstante, em vôos curtos, os pombos com alguma experiência poderem viajar com tempo chuvoso e ventos moderados, com o objectivo de tornar as aves aptas para vôos em quaisquer circunstâncias meteorológicas.

A hora mais conveniente para soltar os pombos é um quarto de hora depois do sol nascer.

Programa de Vôos (Treinos)
Todos os pombos dum pombal devem, na medida do possível, realizar vôos diários.

Existem treinos livres e obrigatórios. Os primeiros consistem na libertação das aves sem quaisquer restrições. Os segundos, já implicam o cumprimento de vôo com uma duração pré-definida pelo próprio columbófilo.

Vários columbófilos usam uma bandeira para evitar que os pombos poisem, nomeadamente, no pátio ou nos telhados. É muito importante desencorajar os pombos do mau costume de pousar nos telhados, uma vez que, futuramente este vício terá repercussões negativas na pronta e rápida entrada pós-concurso, com a consequente perda de tempo.

Podemos, ainda, incrementar a velocidade de entrada recorrendo a estímulos sonoros, como apitos ou assobios especiais ou agitando os grãos de comida num recipiente metálico. Existem ainda columbófilos que usam um pombo como chamariz. Se os pombos estão bem educados, ao serem chamados, entram sem demorar no seu pombal, sem sujar à sua volta ou incomodar os vizinhos.

O vôo do meio-dia pode ser substituído por um treino individual a curta distância. Devemos efectuar, no mínimo um treino diário à volta do pombal, devendo ser seguido com a máxima atenção por parte do columbófilo, pois é um dos factores de maior importância para o conhecimento do pombo-correio. Aproveita-se a realização destes vôos para a limpeza do pombal, para mudar a água dos bebedouros, preparar a ração e tudo o que é necessário para a distribuição da comida.

Transporte de Pombos
Os pombos que vão ser soltos para treino ou para concurso, introduzem-se em cestos de viagem. Antes de introduzir os pombos nos cestos, deve efectuar-se um reconhecimento minucioso, a todos os pombos, comprovando o estado de forma, o estado das penas, assim como, o estado das mucosas.

Uma vez seleccionados os pombos, no pombal, levam-se ao clube columbófilo onde se encontra filiado e, dali, são expedidos em cestos para os locais de solta . O columbófilo deve velar para que se cumpram as condições mínimas de encestamento e de cuidado com os seus pombos. Algumas destas condições são:

Os locais de encestamento devem ser ventilados, unicamente com a presença do pessoal responsável do controle dos pombos, sendo terminantemente proibido FUMAR;
Os cestos de viagem devem estar limpos e livres de parasitas;
Os cestos devem ser manipulados com cuidado durante as operações de carga e descarga dos veículos para evitar golpes e quedas que prejudicariam os pombos, retirando-lhes capacidade de vôo.
No final da viagem, e até ao momento de soltar os pombos, os cestos têm de ser protegidos das inclemências do tempo, em lugar coberto, seco, moderadamente ventilado, para que, os pombos possam descansar, dando-lhes a água e comida necessária;
Os machos e as fêmeas são encestados separadamente.



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