kokas
GF Ouro
- Entrou
- Set 27, 2006
- Mensagens
- 40,723
- Gostos Recebidos
- 3
O leão Cecil foi morto no Zimbabwe.
Só até março, Judiciária resgatou ovos e animais no valor de meio milhão de euros. Iam ser vendidos no centro da Europa. As aves e os corais dominam negócio que tem números próximos da venda de drogas.
Os ovos das araras e os de papagaios da América do Sul, tal como estas aves exóticas são um verdadeiro negócio de ouro para os traficantes de animais. Entre o final do ano passado e o primeiro trimestre deste ano, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária de Lisboa concluiu quatro investigações que permitiram apreender ovos e espécies no valor de 435 mil euros que iam ser contrabandeadas para colecionadores no centro da Europa. O tráfico de espécies protegidas é o terceiro maior do mundo, perto do da droga. E as mais recentes estimativas (2013), divulgadas pelo Instituto da Conservação da Natureza (ICNF), apontavam para um volume de negócio de dez mil milhões de euros em todo o mundo.
Mas se o negócio tem crescido - em 2007 estava avaliado em seis mil milhões de euros -, as apreensões registadas em Portugal (ICNF) também têm subido. Em 2013, foram resgatadas 581 espécies, um aumento de 94% em relação a 2012. A maioria das espécies apreendidas são aves e corais. Muitas até podiam ser legalizadas, "se tivessem comprovativo da origem", explica João Loureiro, responsável por este controlo no ICNF. Como no caso dos troféus de caça que podem ser autorizados, basta que seja emitida uma autorização no país de origem e no de destino. Este tema ganhou relevância mediática depois de, há cerca de um mês, um caçador norte-americano ter matado um leão (Cecil), fora dos limites da área de caça no Zimbabwe.
dn