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GF Ouro
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662 incêndios dos 1766 ocorridos até 9 de agosto tiveram início entre as 20 e as 8.00, o que indicia provável origem criminosa
O terrível mês de agosto para os incêndios já se traduziu, apenas na primeira semana, em 1766 fogos florestais, dos quais 662 iniciados no período noturno (entre as 20.00 e as 8.00 da manhã) e 1104 no período diurno (das 8.00 às 20.00). Contas feitas aos dados da Autoridade Nacional da Proteção Civil e chega-se à conclusão que 37,4% dos incêndios florestais deste agosto começaram à noite, o que indicia provável origem criminosa, em muitos casos com dolo ou intenção. Aconteceu em mais de um terço dos fogos deste mês e vai de encontro ao padrão de verões anteriores.
"A Proteção Civil atá devia ter distinguido no site dois períodos diferentes na noite: é que das 20.00 à meia-noite não são as ignições florestais mas sim os reacendimentos provocados por queimadas ao fim da tarde. Da meia-noite às 8.00 é que é o período aproveitado para alguns fogos intencionais", esclareceu ao DN António Carvalho, professor universitário em investigação de causas de incêndio e ex-coordenador de investigação criminal da Polícia Judiciária na área dos fogos florestais e urbanos. "O período depois de almoço, sobretudo das 16.00 em diante, é o mais aproveitado para os fogos dolosos", refere.
Os incêndios florestais com origem criminosa foram um terço dos fogos no total de 2014 e representaram 41,5% da área ardida nos últimos 13 anos em Portugal, segundo dados do Sistema de Gestão de Incêndios Floretais citados na imprensa a 4 de setembro do ano passado.
dn