Empresa paga indemnização por morte de trabalhador num forno com toneladas de atum

A família vai receber 1,5 milhões de dólares da empresa onde o homem trabalhava, de um total de 6 milhões que a empresa foi condenada a pagar.
Um trabalhador numa empresa de produção de marisco morreu há três anos, queimado num forno com três toneladas de atum, quando um colega pensou que este estava na casa-de-banho e o trancou lá dentro. A empresa Bumble Bee Foods acordou agora pagar 6 milhões de dólares (5,3 milhões de euros) como indemnização pela sua morte.
José Melena, de 62 anos, morreu na fábrica da empresa em Santa Fe Springs, nos Estados Unidos. Um colega de trabalho pensou que Melena estaria na casa-de-banho, e fechou a porta do forno, que cozinhava à pressão seis toneladas de atum enlatado. Melena estava no interior do forno.
"Estas são as piores circunstâncias de morte que eu alguma vez presenciei", disse o advogado de acusação Hoon Chun, citado pela agência Associated Press. Além da indemnização milionária que concordou pagar, a empresa Bumble Bee Foods terá também que se declarar culpada de não ter um programa de segurança eficiente, isto se até janeiro de 2017 não fizer alterações como instalar novos fornos em que seja impossível que alguém fique preso.
"Nunca esqueceremos a morte impensável do nosso colega Jose Melena, e comprometemo-nos a assegurar que a segurança dos nossos trabalhadores permanece uma prioridade nas nossas instalações", disse, numa declaração citada pela Associated Press, a empresa Bumble Bee Foods.
A família de José Melena vai receber 1,5 milhões de dólares como indemnização pela morte do trabalhador. Melena estava a transportar paletes de atum enlatado para o interior dos fornos, que tinham 10 metros de comprimento. O corpo só foi encontrado duas horas depois de se ter reparado no seu desaparecimento, apenas quando o forno tinha arrefecido.


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Trabalhador cozido vivo com seis toneladas de atum

Uma empresa da Califórnia foi condenada a pagar seis milhões de dólares (cerca de 5,4 milhões de euros) de indemnizações pela morte de um trabalhador, em 2012, que foi cozido vivo num forno com seis toneladas de atum.



O caso ocorreu nas instalações da empresa Bumble Bee, em Santa Fe Springs, na Califórnia. José Melena, funcionário da empresa, ficou retido no interior de um forno aquecido a 270 graus, depois de um colega ter carregado seis toneladas de atum e acionado o mecanismo, pensando que a vítima tinha ido à casa de banho e não imaginando que a mesma estivesse no interior.

"Esta é a morte em piores circunstâncias que já testemunhei", referiu, a propósito do caso, Hoon Chun, vice-procurador distrital, acrescentando que "qualquer pessoa prefere morrer baleada ou esfaqueada do que cozida lentamente dentro de um forno".

O valor da indemnização a pagar pela e empresa é o maior alguma vez aplicado pela justiça a um caso de acidente de trabalho na Califórnia. A Bumble Bee é acusada de não ter "um procedimento de segurança, que permitisse desligar o equipamento quando um funcionário se encontra no interior" ou uma saída de emergência no interior do forno.

A 11 de outubro de 2012, José Melena, de 62 anos, ficou preso no interior do forno com as seis toneladas de conservas. O seu desaparecimento foi notado por um supervisor, que ordenou que o trabalhador fosse chamado pelos altifalantes da empresa. O corpo foi encontrado duas horas depois, quando o forno foi desligado e aberto.

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