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Blair: eleger Corbyn como líder é "aniquilar" o Labour

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Ex-primeiro-ministro britânico ataca candidato de esquerda e garante que trabalhistas vivem "momento mais perigoso em cem anos".
Em julho, Tony Blair apelava aos eleitores trabalhistas para não se "embrulharem no conforto de um cobertor de esquerda" se não querem ver o Labour passar "20 anos afastado do poder". Agora, com Jeremy Corbyn, um autodenominado socialista, a dominar as sondagens na corrida à liderança do partido, o ex-primeiro-ministro britânico volta à carga. Num artigo no The Guardian afirma que o Labour atravessa "o momento mais perigoso dos últimos cem anos" e que se escolher Corbyn como líder não enfrenta só uma derrota nas próximas eleições, mas a "aniquilação".
"O partido avança de olhos vendados e mãos amarradas à beira do abismo em direção às rochas afiadas lá em baixo", escreveu Blair. E acrescentou: "Não interessa se é da esquerda, da direita ou do centro do partido, se costumava apoiar-me ou odiar-me", chegou o momento de fazer "uma placagem como no râguebi" para travar Corbyn.
Blair, primeiro-ministro entre 1997 e 2007, venceu três eleições muito graças ao seu New Labour, uma terceira via centrista que tornou o partido mais amigo dos mercados. Não espantam pois os seus alertas perante as propostas de Corbyn. Este defende não só a nacionalização de alguns setores da economia, como os caminhos-de-ferro e a energia, como o seu guru das finanças, Richard Murphy, propõe uma taxa sobre as transações financeiras. Em entrevista à Reuters, o economista defendeu uma das propostas mais polémicas de Corbyn: um "quantitative easing do povo". Ou seja: o Banco de Inglaterra compraria obrigações emitidas pelo banco nacional de investimento e as autoridades locais investiriam em projetos de construção, transporte e energia renovável.
Questionado sobre se estas medidas não podem levar os grandes bancos internacionais a sair da City, Murphy afirmou: "Se é isso que querem, eles que vão!" Sublinhando que o plano do ministro das Finanças, George Osborne, para reduzir o défice até final da década ameaça lançar o Reino Unido para a recessão, o economista admite que, se as propostas do governo conservador funcionarem, as hipóteses de Corbyn ser eleito primeiro-ministro são baixas, mas, "se Osborne falhar, e penso que vai falhar, vamos ter um primeiro-ministro Corbyn? Sim, penso que sim!"


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