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Benfica processa Jesus em €7,5 milhões

Lordelo

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Benfica não pagou mesmo o último salário a Jorge Jesus e avança para os tribunais, pois entende que, pelo contrário, deve receber a cláusula de rescisão por violação de contrato. Ao Expresso, João Gabriel acusa Jesus de “chico-espertismo” e de ser “um deslumbrado que acha que o mundo gira todo à volta dele, que entende que é melhor que Mourinho mas nunca conseguiu nada de relevante na Champions”.

O Benfica vai processar Jorge Jesus, reclamando uma indemnização de 7,5 milhões de euros, revelou ao Expresso João Gabriel. O diretor de comunicação do clube da Luz confirma que o último salário de Jesus não foi pago. E explica porquê.

“Seria estranho o Benfica pagar um mês em que um seu funcionário não apenas não trabalhou mas, pior, trabalhou para outra entidade”, declara João Gabriel. “Mas não é apenas isto que está em causa, a verdade é que, perante um contrato válido, houve uma das partes que o denunciou de forma unilateral e sem justa causa, portanto o Benfica vai agir na defesa dos seus interesses pela via que dispõe, que é a via judicial”.

O não pagamento do salário no último mês de Jesus no Benfica foi revelado na noite deste domingo por Rui Santos na SIC Notícias, mas ainda não havia sido oficialmente confirmado. Contactado pelo Expresso, João Gabriel mostra que a questão é mais profunda: “O Benfica quer que o seu ex-treinador que denunciou de forma unilateral o contrato que o vinculava ao clube pague a cláusula indemnizatória correspondente e que estava estipulada no contrato.” Ou seja, “sete milhões e meio” de euros.

O tom do diretor de comunicação é, pois, jurídico. “Se há lei e contratos eles devem ser respeitados e cumpridos.” Mas rapidamente se torna também revelador do mal-estar na Luz sobre o seu antigo treinador, que se transferiu para o rival Sporting no final da época: “Um contrato não deve ser encarado de forma leviana e com o chico-espertismo de quem acha que tudo lhe é permitido. O Benfica é um clube e uma sociedade anónima escrutinada pelos seus sócios e acionistas. Cabe à administração exigir a todos os seus trabalhadores o escrupuloso cumprimento dos deveres inscritos na lei e respetivos contratos”.

A decisão é, pois, justificada como tratando-se de um dever fiduciário da administração na defesa do interesse dos acionistas: “Sendo pública a rutura contratual por parte de um dos seus funcionários, não poderia o Benfica deixar de agir na defesa dos seus direitos. Ninguém compreenderia que assim não fosse”. O Benfica considera que a ação é viável e diz estar munido de provas para sustentar o processo judicial. “Não nos baseamos só em factos, mas igualmente em prova abundante”.

A questão jurídica há de centrar-se na data de início do trabalho de Jorge Jesus no Sporting, cujo contrato é datado de 1 de julho. “Não foi o que publicitaram”, contra-argumenta Gabriel. “De facto, quem está oito horas a trabalhar em Alcochete é porque executa um contrato de trabalho, ou acha que o presidente do Sporting, em declaração pública feita com pompa e circunstância, anuncia em 5 de junho Jesus como treinador do Sporting sem haver um contrato? Há matéria factual, esta e muita outra, a justiça dirá quem tem razão. É normal que se recorra aos tribunais quando há divergências e entendimentos diferentes, é o que faremos na defesa dos interesses do Sport Lisboa e Benfica.”

IN:EXPRESSO
 
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