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GF Ouro
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No final da cimeira europeia de 12 de julho, que terminou já na manhã de dia 13 após cerca de 17 horas de negociações com um acordo para o terceiro resgate, Alexis Tsipras fez as habituais declarações aos jornalistas. O jornal Die Welt recuperou um vídeo da União Europeia com essas declarações de Tsipras e descobriu que, em segundo plano, se pode ver Glenn Kim.
Glenn Kim chegou a Atenas a convite de Yanis Varoufakis, mas manteve-se como conselheiro do governo após a sua saída. Jornal grego diz que cobra 125 mil euros por mês
O projeto do novo Fundo de Privatizações da Grécia, um dos pontos que permitiram um acordo na cimeira europeia de 12 e 13 de julho e que deu lugar a um terceiro resgate a Atenas, foi elaborado pessoalmente por Glenn Kim, um antigo diretor da Lehman Brothers. A notícia foi avançada pelo jornal alemão Die Welt, que atribui ao economista americano-coreano um papel essencial na mudança nas negociações gregas desde a saída de Yanis Varoufakis.
Na verdade, a presença de Glenn Kim na equipa de negociações da Grécia com os credores não é nova. O coreano - a par do economista colombiano Daniel Munevar Sastre e do banqueiro de investimentos iraniano Soroosh Shambayati - foi convidado, não muito depois da tomada de posse do governo, pelo então ministro das Finanças para fazer parte da sua equipa de conselheiros.
Nesta qualidade, Kim acompanhou Varoufakis nas reuniões do Eurogrupo e Ecofin de 16 e 17 de fevereiro e 9 e 12 de março, em Bruxelas. Ainda em março, no dia 28, fez parte da delegação grega que se reuniu com o Grupo de Bruxelas, nome dado então aos credores. Com a saída de Varoufakis do governo, o coreano ficou como conselheiro do seu sucessor, Euclid Tsakalotos, e do próprio Alexis Tsipras.
Com uma carreira de mais de 20 anos, como diretor e sócio da Lehman Brothers, e com experiência em consultadoria a outros governos, como o islandês, Glenn Kim foi notícia na semana passada quando o jornal grego To Vima avançou de que teria recebido 125 mil euros mensais do governo helénico pelos seus serviços. O que foi negado por fontes do Ministério das Finanças.
dn