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Como viver depois de transplante do coração

maioritelia

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Depois de fazer um transplante de coração, segue-se uma recuperação lenta e rigorosa, sendo importante tomar diariamente remédios imunossupressores, recomendados pelo médico, para evitar a rejeição do coração transplantado. No entanto, também é importante manter uma alimentação equilibrada, ingerindo apenas alimentos bem cozinhados, principalmente cozidos, para evitar infecções que podem por a vida do paciente em risco.

Geralmente, depois da cirurgia, o paciente fica internado na unidade de terapia intensiva (UTI), em média, 7 dias e, só depois é transferido para o serviço de internamento, onde permanece cerca de mais 2 semanas, sendo que alta ocorre cerca de 3 a 4 semanas depois.

Depois da alta, o paciente deve continuar as orientações médicas, para que possa aos poucos ganhar qualidade de vida e fazer uma vida normal, podendo trabalhar, fazer exercício físico ou ir na praia, por exemplo. ;

Recuperação depois do transplante de coração

Depois da cirurgia, o paciente vai permanecer algumas horas no recobro e, só depois será transferido para a UTI, onde deve permanecer, em média, 7 dias, para ser constantemente avaliado e prevenir complicações.

Durante o internamento na UTI, o paciente pode estar conectado a vários tubos para garantir o seu bem-estar, podendo permanecer com sonda vesical, drenos no peito, cateteres nos braços e sonda no nariz para se alimentar e, é normal sentir fraqueza muscular e dificuldade respiratória, devido a inatividade prolongada antes da cirurgia.

Em alguns casos, logo após a cirurgia, o doente pode precisar de ficar em um quarto sozinho, isolado dos restantes doentes e, por vezes sem receber visitas, porque o seu sistema imune está fraco e, pode mais facilmente contrair qualquer doença, principalmente infeção, pondo em risco a vida do paciente.

Desta forma, o doente e quem contacta com este, pode precisar de colocar máscara, capote e luvas sempre que entra em seu quarto. Só depois de estar estável é que é transferido para o serviço de internamento, onde permanece cerca de 2 semanas e vai recuperando progressivamente.

Como é a recuperação em casa após o cirurgia

Na maioria dos casos, o regresso a casa acontece cerca de 3 a 4 semanas após a cirurgia, porém, varia com os resultados dos exames de sangue, eletrocardiograma, ecograma e radiografia ao tórax, que são feitos várias vezes durante o internamento.

De forma a manter o acompanhamento do paciente, depois da alta do hospital, são marcadas consultas no cardiologista de acordo com as necessidades.

A vida do paciente transplantado sofre algumas alterações, devendo:

1. Tomar remédios imunossupressores

Depois da cirurgia para transplantar o coração, o paciente precisa de tomar diariamente remédios imunossupressores, que são medicamentos que ajudam a prevenir a rejeição do órgão transplantado, como Ciclosporina ou Azatioprina e, que devem ser usados durante a vida toda. No entanto, geralmente, dose de remédios vai diminuindo, por indicação médica, com a recuperação, sendo necessário fazer primeiro exames de sangue para adequar o tratamento às necessidades.

Além disso, no primeiro mês o médico pode indicar o uso de:

Antibióticos, para evitar o risco de infeção, como Cefamandol ou Vancomicina;
Analgésicos, para diminuir a dor, como Ceterolac;
Diuréticos, como Furosemida para manter pelo menos 100 ml de urina por hora, evitando inchaço e mau funcionamento cardíaco;
Corticoides, para evitar a reação inflamatória, como Cortisona;
Anticoagulantes, como Calciparina, para evitar a formação de trombos, que podem surgir devido à imobilidade;
Antiácidos, para evitar sangramento digestivo, como Omeprazol.
Além disso, não deve tomar qualquer outro medicamento sem orientação médica, já que pode interagir e levar à rejeição do órgão transplantado.

2. Fazer atividade física regular

Após o transplante cardíaco, o paciente normalmente tem dificuldade em realizar atividade física devido à complexidade da cirurgia, ao tempo de internamento e ao uso de imunossupressores, porém, esta deve ser iniciada ainda no hospital, depois do paciente estar estável e já não tomar remédios pela veia.

Para a recuperação ser mais rápida devem-se fazer exercícios aeróbios, como caminhar 40 a 60 minutos, 4 a 5 vezes por semana, a um ritmo lento de 80 metros por minuto, para que a recuperação seja mais rápida e o paciente transplantado consiga retornar as atividades do dia-a-dia.

Além disso, deve fazer exercícios anaeróbios, como alongamentos, para aumentar a mobilidade das articulações, fortalecer os músculos, melhorar a densidade óssea e reduzir a frequência cardíaca.

3. Comer apenas alimentos cozinhados

Depois do transplante, o paciente deve fazer uma dieta equilibrada, porém deve:


Eliminar todos os alimentos crus da dieta, como saladas, frutas e sucos e mal passados;
Eliminar o consumo de alimentos pasteurizados, como queijo, iogurte e enlatados;
Consumir apenas alimentos bem cozinhados, principalmente cozidos, como maçã cozida, sopa, ovo cozido ou pasteurizado;
Beber apenas água mineral.
A dieta do paciente deve ser ao longo da vida uma dieta que evite a contacto com microrganismos para não se ter infecções e, quando se prepara os alimentos deve-se lavar bem as mãos, os alimentos e os utensílios de cozinhar para evitar a contaminação. Saiba o que comer em: Dieta para imunidade baixa.

4. Manter a higiene

Para evitar complicações é importante manter o ambiente sempre limpo, devendo:

Tomar banho diariamente, lavando os dentes pelo menos 3 vezes ao dia;
Ter a casa limpa, ventilada, livre de umidade e insetos.
Evitar o contato com pessoas que estejam doentes, com gripe, por exemplo;
Não frequentar ambientes poluídos, com ar condicionado, frios ou muito quentes.
Para a recuperação correr com sucesso é necessário proteger o paciente de situações que possam atacar o sistema imune que se se encontra fraco.

Complicações da cirurgia

O transplante de coração é uma cirurgia muito complexa e delicada e, por isso, os riscos desta cirurgia cardíaca estão sempre presentes. Algumas das complicações, incluem infecção ou rejeição, devido ao enfraquecimento do sistema imune ou mesmo doença coronária, insuficiência cardíaca, mau funcionamento renal ou convulsões, por exemplo.

Durante a recuperação e, principalmente depois da alta, é importante observar sinais que possam indicar sinais de complicações, como febre, dificuldade para respirar, inchaço das pernas ou vômitos, por exemplo e, caso aconteça deve-se ir imediatamente no pronto-socorro para iniciar o tratamento adequado.
 
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