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O dia em que um PSP, o filho e um GNR foram mortos por causa de um cão

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Autor dos disparios era vizinho do agente da PSP e há muito implicava com o cão deste, um rottweiler.
António estava junto ao carro quando foi alvejado. O filho de 23 anos foi em seu socorro e acabou também baleado. Ao lado de António, 50 anos, agente da PSP e motorista do gabinete do primeiro-ministro, e do filho, ambos falecidos na sequência dos tiros, estava a razão aparente para a raiva do vizinho que disparou: o cão do agente. Um rottweiler - "já velhinho, nunca fez mal a ninguém", dizem os vizinhos - e que no meio da confusão estaria ainda à solta ontem à noite, depois da morte do dono. Do incidente com o vizinho das vítimas - um homem de 77 anos que tentou depois suicidar-se, sem sucesso, e foi detido - resultou também a morte de um GNR, de 25 anos.
Foi o som dos disparos que alertou os outros moradores da Rua Alexandre Herculano, na Quinta do Conde, Sesimbra, para um final de tarde que tão cedo não lhes vai sair da memória. "Ainda tenho o som dos tiros na cabeça. Vi a morte à minha frente". É desta forma que uma da vizinhas de Rogério, assim se chama o autor dos tiros, e António começa por contar o que viu. Para logo a seguir esclarecer que "esta era já uma guerra antiga. Já tinha havido discussões entre eles por causa do barulho que o cão fazia. Mas os animais não sabem o que fazem não é? Podemos lá mandá-los calar. E era um animal normal, acho que nunca fez mal a ninguém".
A ouvir a vizinha, João Simões, que mora na casa do outro lado da do alegado atirador, interrompe para defender que o que aconteceu ontem à tarde não foi fruto do calor do momento. "O senhor Rogério já tinha ameaçado muitos vezes o vizinho que o matava se apanhasse o cão na rua. Hoje nem ouvimos nenhuma discussão antes dos tiros. Isto era uma coisa que ele tinha na cabeça."
Os dois moradores saíram para a rua e não perceberam de imediato de onde vinham os tiros. Chamaram a GNR, "quando vimos os corpos no chão", e dois militares apareceram pouco tempo depois, uma vez que o posto fica a cinco minutos do local. E o inesperado voltou a acontecer: à chegada das autoridades são disparados mais tiros e um dos militares "cai inteiro".
"Quando os militares da GNR se estavam a aproximar dos corpos olhámos para a janela e vimos os canos da caçadeira. Só aí é que percebemos de onde vinham os tiros e gritámos para os militares "cuidado que ele vai atirar outra vez". Assim que o rapaz se virou para entrar no carro, caiu". Nuno Anes, tinha 25 anos, e teria chegado ao posto da Quinta do Conde há pouco tempo, logo depois do irmão mais velho, também da mesma polícia, ter saído para o posto de Fernão Ferro.



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