kokas
GF Ouro
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Ueli Steck é uma "máquina suíça" capaz de bater recordes de rapidez nos palcos mais perigosos do mundo. Entre junho e agosto, subiu aos 82 picos montanhosos dos Alpes, de mais de 4000 metros, em 61 dias. E "era capaz de continuar", garante.
Nada travou Ueli Steck. Nem sequer a morte, a meio do percurso, do amigo e companheiro de viagem, Martijn Seuren. O suíço, de 38 anos, completou entre junho e agosto uma epopeia nunca antes alcançada no mundo do alpinismo: escalou 82 montanhas dos Alpes, de mais de 4000 metros de altura, em dois meses (61 dias) - um recorde ainda mais rápido do que aquele a que se tinha proposto (80 dias) e garantido sem utilizar transportes motorizados entre cada pico.
Se a maioria dos alpinistas são "corredores de fundo", que vêem tanto prazer em chegar ao topo da montanha como no caminho percorrido até lá, Ueli Steck faz parte de outra escola. A "máquina suíça" (como lhe chamam) é um "alpinista-velocista", capaz de ascender aos cumes mais perigosos em tempo-recorde. No palmarés tem façanhas como a subida ao exigente monte Eiger (3970 metros, nos Alpes suíços), em duas horas e 47 minutos, registada em 2007; e o feito de ter sido o primeiro a atingir o pico do Annapurna (8091 m, Himalaias nepaleses) por uma nova rota do lado sul, em 28 horas.
No entanto, desta vez,Ueli tinha-se proposto a algo bem mais complicado: escalar 82 montanhas, deslocando-se entre elas (na companhia da mulher, guias e de amigos alpinistas) a pé, de bicicleta ou parapente. Era quase o mesmo (82 picos em 82 dias) que o francês Patrick Berhault, o primeiro "alpinista-velocista" lendário, tentou em 2004, com um final trágico: morreu a meio do percurso, ao 67.º dia, vítima de um deslizamento, no monte Dom
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