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Organização não-governamental denuncia mais de 1.250 desaparecimentos

kokas

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Set 27, 2006
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[h=2]Uma organização não-governamental (ONG) egípcia denunciou hoje o desaparecimento forçado de pelo menos 1.250 pessoas no Egito, entre janeiro e agosto deste ano, fenómeno que considerou sistemático.[/h]
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O diretor executivo da Coordenadora para os Direitos e Liberdades, Ezat Goneim, confirmou o aumento progressivo destes desaparecimentos no Egito e afirmou que se trata de uma prática usada pelas autoridades para pressionar a oposição egípcia.

De acordo com um relatório publicado esta semana pela ONG, no qual se denunciam estes desaparecimentos, Gobeim alertou que não se trata "de um fenómeno passageiro", mas de "uma prática sistemática" dos serviços de segurança do país "para pressionar os rivais políticos".
"Também se procura esconder casos de tortura, outra prática alargada no Egito", indicou a ONG.
Os desaparecimentos ocorreram de forma gradual e crescente ao longo dos primeiros meses do ano.
Em março passado contavam-se 160 e em maio subiram para 393, registando-se casos novos todos os meses.
Do número total, 228 pessoas continuam em paradeiro desconhecido, sem nunca terem sido presentes a tribunal, nem estarem detidas em esquadras, apesar de informações que indicam terem sido detidos pelas forças de segurança.
O maior número de casos foi registado nas províncias do centro e norte do Egito, sobretudo em Al Garbiya (307 desaparecidos), Al Bahira (170) e Cairo (162).
Goneim afirmou que a contagem destes desaparecimentos foi realizada "em circunstâncias difíceis", já que os colaboradores deste tipo de ONG confrontam-se com "ameaças e perseguições" das forças de segurança.
Em junho passado, também a ONG de defesa dos direitos humanos Human Right Watch (HRW) denunciou o desaparecimento forçado e detenção ilegal de dezenas de pessoas no Egito e exigiu às autoridades a "divulgação imediata do paradeiro e castigos para os responsáveis".
Os desaparecimentos forçados são "uma violação grave do direito internacional e dos direitos humanos", advertiu a HRW, reiterando que a prática sistemática deste delito "como instrumento político constitui um crime contra a humanidade".
Desde que o presidente Mohamed Morsi foi destituído, em julho de 2013, as autoridades egípcias declararam guerra contra o terrorismo e perseguiram os membros do movimento islamita Irmandade Muçulmana - de onde provinha Morsi -, opositores, ativistas e jornalistas.



nm
 
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