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Três mil táxis a caminho do Ministério da Economia

kokas

GF Ouro
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Set 27, 2006
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Taxistas estão a fazer hoje um protesto contra a Uber no Porto, em Lisboa e em Faro, com a realização de marchas lentas. Já houve confrontos físicos entre taxistas.
Cerca de três mil táxis dirigiam-se cerca das 12:00 em marcha lenta para o Ministério da Economia, em Lisboa, para protestar contra o transporte de passageiros pela empresa que utiliza a aplicação Uber.
Depois de ter partido do Parque das Nações, em Lisboa, os taxistas passaram pelo aeroporto, tendo-se juntado "à marcha" mais profissionais do setor. A organização do protesto -- a cargo da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) - aponta para mais de 3.000 táxis envolvidos na marcha na capital.
Depois do aeroporto, aqueles profissionais passaram junto ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), onde foram registados alguns momentos de "tensão" entre taxistas que aderiram ao protesto e os que estão a trabalhar.
Na zona do IMT, um fotógrafo foi agredido e travado por alguns taxistas depois deste ter fotografado um motorista que não estava no protesto e se encontrava em serviço, a ser atingido por um ovo.
O motorista atingido saiu do carro e foi tirar satisfações dos colegas, envolvendo-se em confrontos físicos. Quando o repórter fotográfico se aproximou para fazer o seu trabalho foi agredido com dois murros.
A organização pediu de imediato desculpas pelo sucedido, com a maioria dos taxistas a afirmar ser contra qualquer tipo de violência.
A caravana esteve perto de uma hora parada no aeroporto de Lisboa, para que os táxis que esperavam na zona das partidas e chegadas se juntassem.
João Ferreira, taxista há mais de 22 anos, disse à agência Lusa "nunca ter visto um protesto assim", mostrando-se orgulhoso na solidariedade que hoje o setor mostrou em torno de uma causa.
Apesar de participar no protesto, João Ferreira não esquece a "mossa" que o mesmo deve ter feito a quem está a trabalhar.
"Concordo que temos de demonstrar o nosso descontentamento, mas quem quer ir para o trabalho não tem culpa e está a levar com isto tudo", lamentou.
Por ano, João Ferreira gasta no táxi cerca de cinco mil euros, entre seguros e manutenções.
"Se houver algum azar, uma batida com culpa, por exemplo, lá se vai o orçamento. Por isso é que não posso fazer os preços da Uber" explicou à Lusa.
Os taxistas reclamam que a Uber "está a operar ilegalmente" e essa é uma das principais razoes pela qual João Ferreira aderiu ao protesto juntamente com centenas de colegas.
"Eles (Uber) fazem concorrência desleal. Se tivermos todos as mesmas regras não há problema. Agora, nós, taxistas, temos mais obrigações que eles", frisou.
A caravana chegou a estar parada cerca de um quarto de hora na Avenida Gago Coutinho, em Lisboa, para seguir para o IMT, com a cabeça da caravana a estar no cruzamento das Estados Unidos da América e o final da coluna para lá da Rotunda do Relógio.
Alguns taxistas que não aderiram ao protesto e passaram na Gago Coutinho em direção ao aeroporto foram insultados pelos companheiros que se encontravam parados, alguns até apanharam com ovos, ficando 'marcados' como fura protestos.
150 em Faro
ais de centena e meia de taxistas participaram hoje, em Faro, no protesto que a Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) convocou contra o transporte de passageiros por veículos disponibilizados através da plataforma eletrónica Uber.
A marcha lenta - que também se realizou nas cidades de Lisboa e do Porto - partiu do Parque das Cidades, junto ao estádio Algarve, cerca das 09:00, e durante aproximadamente duas horas percorreu algumas das principais artérias de Faro, passando também pelo aeroporto local, terminando perto das 11:30 no Largo de São Francisco, na baixa da cidade algarvia.
António Pinto, delegado da ANTRAL em Faro, disse à Lusa que o protesto de hoje foi "bastante positivo" e que "não esperava tanta adesão" para defender os interesses dos taxistas a nível nacional, mas também no Algarve, região onde disse haver "muitas Uber".
"No Algarve, infelizmente temos bastantes Uber, embora não tenham esse nome", afirmou, numa referência às empresas que fazem transferes entre hotéis, campos de golfe e o próprio aeroporto, sem, alegadamente, terem licenciamento para o efeito.
Vital Campos, taxista que trabalha em Loulé, disse à Lusa que "qualquer pessoa que tem um carro particular pode fazer estes transportes" de passageiros e "está a prejudicar quem está legal na atividade".
"Um indivíduo compra uma carrinha e começa a laborar no dia seguinte, enquanto nós temos de tirar licenças", acrescentou, sublinhando que estas carrinhas de transferes fazem concorrência desleal e deixam os taxistas numa situação "cada vez mais complicada".
800 no Porto
Uns 800 taxistas participaram hoje no Porto numa marcha lenta que partiu às 09:30 do Castelo do Queijo, passou na Baixa, na VCI e no aeroporto e que, quatro horas volvidas, se dirigia para o ponto de partida.
Neste protesto contra o transporte de passageiros por condutores ligados à aplicação eletrónica Uber, os condutores dos táxis oriundos de toda a Área Metropolitana do Porto e de algumas cidades do Norte e Centro fizeram todo o percurso sem provocar grandes incidentes, sendo acompanhados por forte dispositivo policial.
O único caso ocorreu na Via de Cintura Interna, sentido Porto/Arrábida, quando dois taxistas atiraram pedras à viatura de um colega que circulava em sentido contrário, presumindo-se que fosse por não ter aderido ao protesto.
Na zona do aeroporto, antes da chegada dos participantes no protesto, viam-se alguns taxistas a trabalhar com normalidade, escoando os passageiros que iam chegando, mas durante a passagem dos manifestantes, não ocorreu qualquer incidente, apesar de um grupo ter parado e saído dos veículos contrariando as ordens das autoridades policiais.
Durante todo o percurso, os motoristas de táxis não pararam de buzinar, exibindo também cartazes com frases que alertavam para a ilegalidade da atividade dos Uber e convidando-os a sair de Portugal.

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