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Exosqueleto biónico faz paraplégico voltar a andar
Um homem de 39 anos, paraplégico há quatro anos, deu "milhares de passos", segundo a equipa do professor Parag Gad, da Universidade da Califórnia em Los Angeles.
[Imagem: Cortesia de Mark Pollock]
Controlo neural
Pela primeira vez, um exosqueleto permitiu que um paciente com paralisia total nas pernas voltasse a andar de forma intencional e controlada.E a melhor notícia é que o exosqueleto foi controlado por meio de estimulação vinda diretamente da medula espinhal, mas sem cirurgia - os impulsos nervosos são detectados por electrodos colocados sobre a pele.
Um homem de 39 anos, paraplégico há quatro, deu "milhares de passos", segundo a equipa do professor Parag Gad, da Universidade da Califórnia em Los Angeles.
Um grupo de cinco pacientes já havia testado o sistema de neuro estimulação não-invasiva há poucas semanas, mas ainda suspensos por cordas elásticas no tecto, sem o exosqueleto e, portanto, sem andar realmente.
Exosqueleto biónico
Neste teste pioneiro realizado agora, o paciente Mark Pollock usou um exosqueleto biónico autónomo - alimentado por baterias - originalmente projectado para ser accionado pelos movimentos de uma pessoa que ainda controla os membros, mas pode não ter força suficiente para se manter de pé ou caminhar - como idosos ou pacientes internados."Se o robô fizer todo o trabalho, o indivíduo torna-se passivo e o sistema nervoso 'desliga'," explicou o professor Reggie Edgerton, orientador do trabalho, detalhando como o exosqueleto teve de ser adaptado para identificar a intenção de movimento do paciente.
Como Pollock não pode mover as pernas, os estímulos equivalentes são detectados por um implante neural inovador, cujos electrodos são colocados em pontos estratégicos sobre a pele, na parte inferior das costas e próximo ao cóccix.
Os electrodos disparam um padrão preciso de pequenos choques que não causam incómodo ao paciente.
Os dados lidos por sensores na mesma região são então usados para controlar o exosqueleto.
Tecnologias de neuro recuperação
"Será difícil fazer com que pessoas com paralisia completa andem de forma completamente independente, mas mesmo que elas não consigam isso, o facto de que podem controlar elas próprias o andar irá aumentar enormemente a sua saúde em geral e sua qualidade de vida em particular," disse Edgerton.A equipa já fundou uma empresa para tentar comercializar esta tecnologia - a NeuroRecovery Technologies, mas afirma ainda não saber quando a técnica poderá ser colocada no mercado tal como foi testada no laboratório.