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Viagem ao desconhecido: a vida, a obra e os lugares de Bocage

kokas

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Set 27, 2006
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Uma tertúlia dá hoje início às comemorações



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Celebração da vida e dos lugares do poeta com antologia poética, tertúlias, poesia no meio da rua e um itinerário bocageano.




"Magro, de olhos azuis, carão moreno". Eis Manuel Maria Barbosa du Bocage, poeta, libertino e livre pensador, do qual sobram profusas anedotas, meia dúzia de ditos nos quadros de Fernando Santos pendurados no café Nicola e pouco mais, quase nada que diga da sua importância na Lisboa setecentista e na nossa história literária e política.Em ano de comemoração redonda (250 anos do seu nascimento), Santa Maria Maior (e Miguel Coelho, presidente da Junta e responsável pela iniciativa) reclama para a freguesia a celebração da vida, da obra e dos lugares de Bocage, propondo uma viagem que passa tanto pela geografia real como pelo mapa literário de há dois séculos e meio."Era preciso, sobretudo, dar a conhecer o poeta que já nem se estuda e o livre pensador que Bocage foi," começa por dizer Maria Antónia Oliveira, comissária do programa Bocage Reconhecido. "É fundamental lê-lo". Não apenas porque a qualidade da obra ultrapassa o anedotário a que o autor, primeiro dos poetas românticos, é frequentemente reduzido, mas também porque precisamos dele."Qual a nossa leitura da poesia de Bocage, nós que pertencemos a um tempo conturbado, que se quer morno e correto, que aplaude a frouxidão instalada no quotidiano - e simultaneamente alimenta fanatismos? De tudo isto fala Bocage, por vezes de forma contraditória", lembra Maria Antónia na antologia poética que agora se edita e que abarca várias fases e influências na sua obra (e que estará disponível nos eventos desta celebração a um preço simbólico de 5euro).É também a única enquanto não é reposta a Obra Completa, coligida por Daniel Pires em 2004 e entretanto esgotada. Há que lê-lo, pois, e também ouvi-lo, com as Brigadas Bocage, atores, músicos e fadistas que, do Largo do Chafariz de Dentro ao Chiado, do Castelo à Casa dos Bicos, hão de trazer para a rua a poesia do vate, tal como a pensou o Teatro da Garagem.



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