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GF Ouro
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É possível ver parte do graffiti que foi feito por vândalos na obra de Anish Kapoor.
A sua escultura no Palácio de Versalhes foi vandalizada pela segunda vez, mas desta vez Anish Kapoor não quis apagar os graffiti. Um político francês achou o ato tão ofensivo que vai processar o artista.
Anish Kapoor, conceituado artista britânico, está a ser processado por um político francês por não querer apagar o graffiti ofensivo e racista que surgiu na sua escultura Dirty Corner, alcunhada em França de 'vagina da rainha'. Kapoor anunciou esta quarta-feira que está a ser processado por um deputado municipal de Versalhes, onde a escultura está exibida desde junho.A escultura parece-se com um grande funil metálico, cujo simbolismo se relaciona com a vagina da rainha que habitava o Palácio de Versalhes, e já tinha sido vandalizada uma vez, pouco depois de ser exposta. Na altura, o graffiti foi apagado e toda a escultura foi limpa. Mas na semana passada, quando o Dirty Cornervoltou a ser coberto de frases anti-semitas, Anish Kapoor decidiu deixá-lo assim."Estive lá ontem e só me deu vontade de chorar", disse Kapoor, na conferência de imprensa em que explicou o processo de que é alvo. O artista encontrou-se com o presidente Hollande quando esteve em Paris para ver a sua obra de arte vandalizada. Mas manter o graffiti, onde se pode ler "SS Sacrifício Sangrento", "Cristo é rei em Versalhes", entre outros textos ofensivos, parece-lhe ser a melhor decisão. "Parece-me que o melhor a fazer é deixar ficar a cicatriz", disse, citado pelo jornal Guardian.O deputado municipal Fabien Bouglé não concorda. De acordo com o Le Parisien, Bouglé entregou uma queixa ao procurador local contra o artista e contra a presidente do Palácio de Versalhes, Catherine Pégard, devido ao graffiti. Na queixa, Bouglé acusa Kapoor de estar a incitar ao ódio e à intolerância devido ao texto que lá está inscrito. Bouglé afirma que Kapoor e Pégard têm "perfeita noção" do "conteúdo anti-semita dos textos".De acordo com Anish Kapoor, o presidente François Hollande apoia a decisão de deixar ficar o graffiti, "de um ponto de vista pedagógico", disse o artista, numa conferência de imprensa antes da abertura da sua exposição na Bienal de Lyon, no Convent La Tourette. "Qual será a coisa certa a fazer? Não sei. É muito violento, e quero livrar-me disto, mas talvez seja o que a peça artística pede
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