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Uhmam, Daud e Ahmad: para eles o campo de Bruxelas é "muito bom"

kokas

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Set 27, 2006
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As tendas que abrigam 900 pessoas ficam apenas a seis estações de metro do local onde os líderes se reúnem quarta-feira.


















A União Europeia reúne-se ao mais alto nível, na quarta-feira, "para debater a crise dos refugiados". A Cimeira extraordinária foi convocada ontem pelo presidente do Conselho Europeu, numa altura em que já há refugiados amontoados num campo improvisado, em Bruxelas, a seis estações de metro do local onde os líderes se reúnem.No parque Maximilien, no coração do bairro financeiro da capital belga, acumulam-se tendas um pouco por todo o lado. Este campo improvisado serve de abrigo a mais de 900 pessoas. A maioria vem da Síria, Afeganistão e Iraque. Contam histórias como a de Ahmad Fawaz, professor de inglês que fugiu da cidade histórica da antiga Mesopotâmia de Nineveh, hoje encaixada no centro de Mossul, onde vivia.Chegou a Bruxelas, na semana passada, vindo na caixa de uma furgoneta. Não sabe por onde passou, durante a última etapa de 3000 quilómetros, desde a Turquia. "O motorista dizia-nos: baixem-se, baixem-se!, para que ninguém nos visse", contou Ahmad Fawaz ao DN.Chegar ao campo de refugiados, em Bruxelas, é para este iraquiano de 31 anos "muito bom", apesar das condições sanitárias estarem a piorar. Na parte do campo onde foi improvisada uma cantina, de baixo de um toldo branco, cheira a restos de comida estragada. "Mas, aqui sinto-me seguro", comenta Ahmad, recordando o dia em que decidiu abandonar o Iraque, há cerca de um mês. "Quando vi alguns homens mortos e eles [os jihadistas do Estado Islâmico] estavam a cortar-lhes os braços pensei: eles vão matar-me. É uma situação péssima. Ninguém pode viver assim", lembra Ahmad, que agora reclama o estatuto de refugiado, na Bélgica."Este país respeita os direitos humanos", comenta outro refugiado, que fazia ontem a segunda tentativa para conseguir asilo. Está há seis meses em Bruxelas e saiu há nove do Afeganistão. Daud Zahed mantém um olhar sóbrio, mas treme-lhe o canto do lábio quando recorda a passagem pela Hungria. "Tentei vir legalmente. Mas, infelizmente, a polícia prendeu-me quando eu estava num camião. Quando me disseram "estás livre, podes seguir", vim em busca de asilo", diz este afegão que quer "prosseguir estudos superiores na universidade".




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