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GF Ouro
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A decisão é inédita. As gravações das entrevistas de Zeinal Bava e de outros gestores à PricewaterhouseCoopers sobre o investimento na Rioforte vão servir de prova no caso PT/GES.
O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu aceitar como prova, na investigação do caso PT/GES, as gravações secretas de entrevistas feitas a antigos gestores da Portugal Telecom sobre o investimento na Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo.A investigação criminal ao investimento de 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte por parte da Portugal Telecom está a ser conduzida pelo Ministério Público. A decisão de aceitar estas gravações de entrevistas como provas é inédita, de acordocom o jornal Observador que teve acesso ao acórdão do Tribunal da Relação. É a primeira vez que gravações deste género, filmadas por uma entidade que não está ligada à investigação, são admitidas num caso ligado à criminalidade económico-financeira.O Tribunal da Relação argumento no acórdão, citado peloObservador, que as gravações das entrevistas foram aceites pelos intervenientes, e o contexto da conversa é profissional, não se tratando assim de aceitar como prova o registo de converas íntimas ou gravações feitas dissimuladamente.O investimento em papel comercial da Rioforte, holdingpertencente ao GES, foi prejudicial para a empresa e foi realizado com várias irregularidades, incluindo o facto de os pormenores da ação não terem sido atempadamente comunicados aos investidores. A dívida comprada à holding acabou por não ser paga, o que desvalorizou a PT, afetou a sua cotação, e acabou por influenciar a fusão com a Oi.De acordo com o Observador, surgem nas gravações Zeinal Bava (ex-diretor-executivo da PT), Henrique Granadeiro (ex-presidente da PT), Luis Pacheco de Melo (ex-diretor-financeiro da PT), Rafael Mora (ex-administrador da PT), e Joaquim Goes (ex-administrador da PT e do BES), entre outros altos funcionários da empresa.
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