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Detidos em França dois dos chefes máximos do grupo terrorista ETA

kokas

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A policía francesa deteve hoje, em colaboração com a Guardia Civil espanhola, dois dos chefes máximos da organização terrorista ETA, David Pla e Iratxe Sorzabal, que juntamente com José Antonio Urrutikoetxea e Josu Ternera formavam a cúpula do grupo.


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A operação policial decorreu numa casa rural da localidade de Saint-Étienne-de-Baïgorry, uma localidade nos Pirinéus que fica a poucos quilómetros da fronteira com o País Basco.






O Ministério do Interior espanhol apenas confirmou oficialmente duas detenções. No entanto, em declarações em Bruxelas, o titular da pasta do Interior (Administração Interna), Jorge Fernández Díaz, falou em quatro detidos."Dois são da cúpula política da ETA, os máximos dirigentes e os mais procurados", disse Fernández Díaz sobre David Pla e Iratxe Sorzabal.Sobre os outros dois, o ministro disse que se tratava de Josu Ternera, mas escusou-se a especificar se se trata de Josu pai ou o seu filho, com o mesmo nome."Não confirmo se é o Ternera pai [líder histórico do grupo terrorista] ou o seu filho", disse apenas Fernández Díaz.Há um ano e meio, Josu Ternera também foi dado como detido pelas autoridades. Pouco depois, o ministério do Interior esclareceu que se tratava de Egoitz Urrutikoetxea, filho de José Antonio Urritukoetxea.O quarto detido hoje é o proprietário da casa onde os elementos da ETA foram detidos.Os agentes da Direção Geral de Segurança francesa e da Guardia Civil vigiavam a casa há vários dias, após terem recebido a informação de que ali se iria realizar uma reunião de toda a cúpula da organização terrorista.Jorge Fernández Díaz declarou em Bruxelas que esta operação representa a "certidão de óbito da ETA", faltando apenas que a própria organização terrorista admita que foi desmantelada.A polícia espanhola calcula agora que existam menos de meia dúzia de etarras a residir na clandestinidade em França.O ministro acrescentou que a estrutura militar e logística da ETA já estavam desmanteladas e que faltava este braço, o político. Estes homens - anteriormente encarregados da estratégia do grupo - estavam agora remetidos a tarefas de gerir os esconderijos de pessoas, armas e explosivos do grupo.A ação policial recebeu o nome de Operação Pardines, em homenagem ao agente da Guardia Civil José Antonio Pardines, considerada a primera vítima mortal da ETA, assassinado em 1968 em Villabona (Gipuzkoa), numa operação stop.Estes detidos participaram nas negociações (fracassadas) para a dissolução do grupo terrorista. Pla, Sorzabal e Izaskun Lesaka foram as três pessoas que a 20 de outubro de 2011 leram (encapuzados) o comunicado no qual anunciavam o fim definitivo das operações violentas, pondo assim termo a mais de 40 anos de atentados da organização terrorista.David Pla (nascido em Pamplona, em 1975) foi identificado como a voz que leu em castelhano o anúncio do cessar-fogo a 10 de janeiro de 2011. Já tinha sido detido em 2010 em França (e libertado por falta de provas), tendo depois escapado para a clandestinidade.Já Iratxe Sorzabal (nascida em Irún, em 1971) entrou para o grupo terrorista no início da década de 1990.Desde finais de 2010 que era considerada a máxima responsável da ETA. Foi Iratxe quem leu em basco o comunidado que anunciava o fim da luta armada, bem como um outro cessar-fogo em setembro de 2010. Parte do comando Ibarla, Iratxe Sorzabal participou em três assassínios da ETA, entre 1994 e 1997.O outro, presumível detido, Josu Ternera tem agora 66 anos. Pertence à ETA desde finais dos anos 1970. Foi responsável pela aparelho internacional da ETA, do braco político e militar até que foi detido em França em 1989.Em 1998, libertado após cumprir pena em França e Espanha, foi eleito deputado no Parlamento basco por uma das formações do Batasuna, mas fugiu novamente de Espanha em 2002 ao ser acusado de participação no atentado a um quartel em Saragoça, em 1987, no qual morreram 12 pessoas.



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kokas

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Estas são das raras imagens conhecidas de Iratxe Sorzabal e David Pla


Iratxe Sorzabale e David Pla são, juntamente com Josu Ternera, os líderes máximos da organização terrorista basca que em outubro de 2011 anunciou o fim da luta armada.

A detenção aconteceu na localidade francesa de Saint-Étienne-de-Baïgorry, nos Pirinéus, numa operação conjunta da polícia francesa e da Guardia Civil espanhola. "Este é o enterro da ETA", declarou esta manhã, em Bruxelas, o ministro do Interior espanhol Jorge Fernández Díaz.
Iratxe Sorzabal, de 43 anos, era tida, desde 2010, como a mulher forte da organização Euskadi Ta Askatasuna - Pátria Basca e Liberdade - que durante mais de meio século lutou pela força das armas pela independência do que chamava o Grande País Basco. Terá sido ela a ler em basco o comunicado do cessar-fogo permanente da ETA em janeiro de 2011. Aderiu à organização nos anos 1990 e como membro do comando Ibala terá participado em três assassinatos entre 1994 e 1997. Presa nesse ano, saiu em 1999 e voltou a ser detida em 2001, sendo depois ser libertada. Foi porta-voz da Gestoras Pro Amnistía, que defendia a libertação dos etarras presos, tendo sido ilegalizada pela justiça espanhola pela sua ligação à ETA.
David Pla, de 40 anos, foi a voz masculina que leu em castelhano o comunicado do cessar-fogo permanente da ETA em janeiro de 2011. A este seguiu-se o fim da luta armada em outubro. Esteve preso até 2006, voltou a ser detido em 2010, mas foi libertado pelos franceses. Ingressou nas juventudes etarras nos anos 1990 e chegou a ser candidato pelo Herri Batasuna (ilegalizado por ser considerado a ala política da organização terrorista basca). É-lhe atribuída pelo menos uma tentativa de assassinato, segundo o El Mundo, que publicou online um perfil seu.
O El País, por seu lado, refere que haverá um terceiro detido, que poderá ser Josu Ternera ou o filho. A tratar-se de Josu Ternera esta seria uma das mais importantes detenções em muitos anos. Ternera pai tem hoje 66 anos e aderiu à ETA nos anos 1960. Detido em 1989 em França, foi libertado em 1998 e fugiu em 2002 ao ser processado pela sua ligação ao atentado contra um quartel em Zaragoza, em 1987, no qual morreram 12 pessoas. Uma parte da dinamite que ajudou a roubar de uma mina em Hernani foi usada no atentado que em 1973 matou Luis Carrero Blanco, primeiro-ministro na reta final da ditadura do general Francisco Franco.
Além dos etarras foi igualmente detido pelas autoridades espanholas e francesas o proprietário da casa em que se encontravam a viver na clandestinidade em França.



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