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GF Ouro
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As sondagens estão a assustar o partido, pairando sobre o fantasma da derrota. O tom dos apelos ao voto vai ficando cada vez mais dramático. Costa dedicou ontem o dia ao Ensino, numa jornada de campanha no distrito de Aveiro
Nos corredores do poder socialista já se especula há muito tempo sobre os cenários internos no caso de o PS perder as eleições legislativas. Sendo certo que nesse caso António Costa será forçado a deixar a liderança - provavelmente até o fará pelo seu próprio pé - vão surgindo nomes para suceder ao atual líder no caso de um "day after" de derrota.Um dos nomes mais referidos, representando a continuidade em relação a António Costa, é o de Pedro Nuno Santos, ex-líder da JS, deputado, recandidato ao cargo como cabeça de lista em Aveiro (cuja federação distrital do PS lidera), putativo membro do Governo se Costa vencer (tem sido porta-voz para as questões de finanças públicas, nomeadamente na questão do BES).Os números do défice ontem divulgados constituíram um balsámo para o PS (ver texto nestas páginas) mas isso não o impediu de dramatizar ao máximo os apelos ao voto. "Camaradas, amigos, esta é mesmo a campanha das nossas vidas! Nós não temos o direito de falhar!", avisou ontem, num almoço-comício em Águeda onde a campanha de António Costa juntou algumas centenas de apoiantes.Nesse discurso, empolgado, Pedro Nuno Santos disse que o que está em causa é possivelmente, no caso de vitória da aliança PSD/CDS, um retrocesso "irremediável" no modelo de Estado Social que começou a ser construído em 1975. Nem mais nem menos: "É a liberdade que está em causa."Mas, além disso, sinalizou com clareza uma das principais dificuldades que a campanha do PS tem enfrentado nos contactos com os eleitores: uma espécie de apatia geral que esconde, debaixo de uma capa de cortesia ou às vezes até se manifestando de forma hostil, uma saturação absoluta face à classe política, no seu todo, devido a sucessivas promessas não cumpridas.
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